sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Senador alega que ‘pilantras, vagabundos e sem-vergonha’ recebem um tratamento melhor do que os trabalhadores brasileiros


Fonte = ninkin chega de mentira

Brasília/DF – Em discurso o senador Reditario Cassol (PP-RO) defendeu a aprovação de projeto de sua autoria que restringe benefícios concedidos a condenados a penas privativas de liberdade (PLS 542/11). Entre outras medidas, o senador propõe “aumento dos prazos para progressão de regime, fim das saídas temporárias para condenados por crimes hediondos e a extinção do auxílio-reclusão”.
A justiça [lei] brasileira é uma mãe para os criminosos - Foto: Ilustração
De acordo com o senador, “não se pode premiar as famílias dos criminosos e deixar as famílias de vítimas sem proteção financeira”. Reditario informou que o auxílio-reclusão é, hoje, de R$ 863, e o gasto da União com o benefício ultrapassa R$ 200 milhões. O benefício é pago a dependentes de presos que sejam segurados da Previdência Social.

Além disso, Reditario propôs a “construção de novos presídios em parceria com a iniciativa privada, com previsão de trabalho para os presos”. Segundo o senador, “a pessoa condenada por crime grave deve sustentar a família com trabalho na prisão”.

“Muitos brasileiros vivem reclusos atrás das grades da sua própria casa, enquanto o vagabundo sem-vergonha do preso recebe uma bolsa”, disse o senador.


Reditario Cassol afirmou ainda que, muitas vezes, “os legisladores criam vantagens para os presos, como a redução de penas”. Para o senador, “a lei precisa beneficiar as famílias de bem e não criar facilidades para os pilantras”.

“não se pode premiar as famílias dos criminosos e deixar as famílias de vítimas sem proteção financeira”.

“Temos que botar a mão na consciência e mudar o Código Penal. A prisão não é colônia de férias”, afirmou.

“Nós temos de fazer o nosso trabalho, ilustre presidente e nobres senadores, modificar um pouco a lei aqui no nosso Brasil, que venha favorecer, sim, as famílias honestas, as famílias que trabalham, que lutam, que pagam impostos para manter o Brasil de pé”, defendeu. “E não criar facilidade para pilantra, vagabundo, sem-vergonha, que devia estar atrás da grade de noite e de dia trabalhar, e quando não trabalhasse de acordo, o chicote voltar, que nem antigamente”, defendeu.

“O vagabundo, sem-vergonha, que está preso recebe uma bolsa de R$ 802,60 para seu sustento. Mesmo que seja auxílio temporário, a prisão não é colônia de férias”, protestou. No seu entender, a pessoa condenada por crime grave deve sustentar os dependentes com o trabalho nas cadeias. Ele comparou a situação aos trabalhadores desempregados que, “além de tudo isso, muitas vezes é assaltado, tem a casa roubada e precisa viver recluso atrás das grades de sua própria casa”.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), disse que compreendia a “indignação” do colega, mas que, em nenhuma hipótese, aprovaria a utilização do chicote, porque seria uma volta da Idade Média.

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