Polícia vai investigar denúncia de que traficante simulou briga para ser transferido para a Nelson Hungria
A Polícia Civil vai investigar uma denúncia encaminhada ontem ao Super Notícia dando conta de que o traficante Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, de 29 anos, o Pezão, forjou uma briga no último sábado com agentes penitenciários, no Ceresp São Cristóvão, em Belo Horizonte, para forçar a transferência dele para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana, o que acabou acontecendo. Lá, estariam presos integrantes da sua quadrilha de tráfico de drogas, que atua em várias cidades. "A pretensão do criminoso (Pezão) é justamente a de ficar perto dos seus comparas para continuar movimentando os seus negócios de tráfico de drogas dentro da Nelson Hungria, onde já existe um histórico desse tipo de ação por parte dos detentos", explica uma fonte da Polícia Civil que pediu para não ter o seu nome divulgado.
Procurado pela reportagem, o chefe do Departamento de Investigações, delegado Edson Moreira, prometeu investigar a denúncia. "É possível que o Ângelo tenha a pretensão de continuar agindo. Ele deve ser ouvido amanhã (hoje) ou na quarta-feira, aí podemos questioná-lo sobre isso", disse.
TecnologiaA Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) preferiu não comentar a denúncia. No entanto, garantiu que o detento não vai ter como agir dentro da Nelson Hungria devido às tecnologias instaladas na unidade, como o aparelho detector de metais conhecido como "body scan", que detecta metais, celulares e drogas.
Mesmo com essa tecnologia, o delegado Alberto Tadeu, de Teófilo Otoni, responsável pela prisão de vários integrantes da quadrilha de Pezão, se mostrou preocupado e vai solicitar à Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte que investigue a denúncia. "Se for o caso, vamos pedir a transferência do criminoso para outra unidade prisional", afirmou.
Preso na semana passada em Santos, no litoral de São Paulo, Ângelo Pezão foi trazido para Belo Horizonte na sexta-feira, na companhia do seu comparsa, Bruno Rodrigues de Souza, de 22 anos, o Quen-Quen, preso em Praia Grande. Os dois foram encaminhados ao Ceresp. No sábado, Pezão teria simulado que passava mal, pedindo atendimento médico. Ao ser atendido na cela, agrediu os agentes penitenciários, que revidaram com um tiro de bala de borracha contra a parede. A bala teria voltado e atingido o braço de Pezão.
No DI
Bruno Rodrigues de Souza, o Quen-Quen, prestou depoimento ontem no Departamento de Investigações (DI), em BH. Ele foi ouvido durante quase três horas pela delegada Alessandra Wilke. O criminoso é suspeito de assassinar com 11 tiros um agente penitenciário, em agosto, na região Norte da capital. O teor do depoimento não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.
Procurado pela reportagem, o chefe do Departamento de Investigações, delegado Edson Moreira, prometeu investigar a denúncia. "É possível que o Ângelo tenha a pretensão de continuar agindo. Ele deve ser ouvido amanhã (hoje) ou na quarta-feira, aí podemos questioná-lo sobre isso", disse.
TecnologiaA Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) preferiu não comentar a denúncia. No entanto, garantiu que o detento não vai ter como agir dentro da Nelson Hungria devido às tecnologias instaladas na unidade, como o aparelho detector de metais conhecido como "body scan", que detecta metais, celulares e drogas.
Mesmo com essa tecnologia, o delegado Alberto Tadeu, de Teófilo Otoni, responsável pela prisão de vários integrantes da quadrilha de Pezão, se mostrou preocupado e vai solicitar à Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte que investigue a denúncia. "Se for o caso, vamos pedir a transferência do criminoso para outra unidade prisional", afirmou.
Preso na semana passada em Santos, no litoral de São Paulo, Ângelo Pezão foi trazido para Belo Horizonte na sexta-feira, na companhia do seu comparsa, Bruno Rodrigues de Souza, de 22 anos, o Quen-Quen, preso em Praia Grande. Os dois foram encaminhados ao Ceresp. No sábado, Pezão teria simulado que passava mal, pedindo atendimento médico. Ao ser atendido na cela, agrediu os agentes penitenciários, que revidaram com um tiro de bala de borracha contra a parede. A bala teria voltado e atingido o braço de Pezão.
No DI
Bruno Rodrigues de Souza, o Quen-Quen, prestou depoimento ontem no Departamento de Investigações (DI), em BH. Ele foi ouvido durante quase três horas pela delegada Alessandra Wilke. O criminoso é suspeito de assassinar com 11 tiros um agente penitenciário, em agosto, na região Norte da capital. O teor do depoimento não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.
Dama do tráfico fica em silêncio
A Polícia Civil apresentou ontem Edna dos Santos Rodrigues, de 39 anos, que também estava na lista de procurados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Apontada como a principal líder do tráfico de drogas no bairro Paulo VI, na região Nordeste da capital, Edna é considerada perigosa, inteligente e ardilosa pela polícia. Durante a apresentação, a suspeita evitou falar muito, disse apenas que se sentiu envergonhada em ter a foto estampada em jornais, já que os filhos estariam questionando as atitudes dela. Edna também negou envolvimento com tráfico.
Ela era a única mulher na lista dos 12 criminosos mais procurados pela polícia e foi presa na última sexta-feira, no bairro Castanheiras, em Sabará. A mulher, que diz ser comerciante, nunca havia sido presa. Ela passou a ser conhecida após a morte do traficante Alexon Valério, líder do tráfico no bairro Paulo VI. Ele foi morto em fevereiro com 26 tiros. Edna teria assumido o comando do tráfico junto com Mauro Pereira da Silva, 32 anos, o Gordo, também integrante da lista dos 12 mais procurados e que já está preso.
Briga
De acordo com a Polícia Civil, Edna seria a responsável pela contabilidade do tráfico e era braço-direito de Valério. Conforme a delegada Tânia Darc, Edna trabalhava em uma lan house de propriedade de Valério, onde ela o ajudava a administrar o tráfico. Após assumirem juntos o tráfico na região, Edna e Gordo acabaram brigando. A causa teria sido a morte da irmã de Edna, usuária de drogas, supostamente assassinada a pedido de Gordo. Depois do crime, no início deste ano, pelo menos dez homicídios foram registrados na região do Paulo VI por causa da rivalidade entre Edna e o Gordo. (Jaqueline Araújo)
Ela era a única mulher na lista dos 12 criminosos mais procurados pela polícia e foi presa na última sexta-feira, no bairro Castanheiras, em Sabará. A mulher, que diz ser comerciante, nunca havia sido presa. Ela passou a ser conhecida após a morte do traficante Alexon Valério, líder do tráfico no bairro Paulo VI. Ele foi morto em fevereiro com 26 tiros. Edna teria assumido o comando do tráfico junto com Mauro Pereira da Silva, 32 anos, o Gordo, também integrante da lista dos 12 mais procurados e que já está preso.
Briga
De acordo com a Polícia Civil, Edna seria a responsável pela contabilidade do tráfico e era braço-direito de Valério. Conforme a delegada Tânia Darc, Edna trabalhava em uma lan house de propriedade de Valério, onde ela o ajudava a administrar o tráfico. Após assumirem juntos o tráfico na região, Edna e Gordo acabaram brigando. A causa teria sido a morte da irmã de Edna, usuária de drogas, supostamente assassinada a pedido de Gordo. Depois do crime, no início deste ano, pelo menos dez homicídios foram registrados na região do Paulo VI por causa da rivalidade entre Edna e o Gordo. (Jaqueline Araújo)
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