domingo, 23 de outubro de 2011

O chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, delegado Vagner Pinto Souza, informou que as investigações estão adiantadas e os autores dos crimes serão presos e apresentados em breve



Três assassinatos recentes cometidos contra agentes penitenciários mineiros estão praticamente esclarecidos. Diante das viúvas de Adeílton Martins Macedo (morto no dia 21/8), Ronaldo Miranda de Paula (26/8) e Marco Túlio Pereira (19/9), o chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, delegado Vagner Pinto Souza, informou que as investigações estão adiantadas e os autores dos crimes serão presos e apresentados em breve. O delegado mencionou outros casos solucionados de assassinatos contra servidores da segurança pública, atendendo ao objetivo da audiência pública realizada nesta quinta-feira (20/10/11) pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Agentes denunciam situação precária de trabalho
A situação dos agentes penitenciários, profissionais que fazem a guarda dos presos em penitenciárias e cadeias públicas, foi evidenciada na audiência pública. Apesar de terem apresentado números conflitantes, representantes da categoria estimam em 16 mil o total de agentes em exercício no Estado, sendo que somente cerca de 3 mil são concursados. Os demais, por serem contratados, perderiam a assistência em caso de morte ou afastamento por invalidez.
“Essa situação de contratos precários é inadmissível”, queixou-se Gonzaga. Mas o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais, José Maria Marques, disse que em dezembro deverá ser publicado um edital para a efetivação de 2 mil agentes. “É um dos cargos mais perigosos que existem. Recentemente morreram três agentes, mas vão morrer mais se o sistema penitenciário não for oficializado”, alertou o sindicalista.
Outra queixa frequente na reunião foi a proibição de os agentes penitenciários portarem armas de fogo. Segundo os profissionais que se alternaram no microfone, a arma é necessária para defesa do lado de fora dos presídios. Eles relataram que muitas vezes se deparam na rua com ex-detentos que vigiaram, o que representa uma ameaça para sua integridade e de suas famílias. Para o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), as pessoas “responsáveis por cuidar da segurança da sociedade vivem em situação de insegurança, sem falar nos baixos salários, nos casos de assédio moral e na falta de condições de trabalho”.
O subsecretário de Estado de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, falou da importância de se melhorar as condições de trabalho dos servidores da segurança pública e das melhorias alcançadas desde 2003. Porém, o deputado Sargento Rodrigues o criticou por não ter apresentado respostas efetivas para os problemas enfrentados pelos agentes. Oliveira respondeu então que anotou todos os casos relatados na audiência e garantiu que está à disposição de todas as famílias para que as devidas providências sejam tomadas.
residem.
Fonte: ALMG

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