sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Operação que terminou com prisão de Marcos Valério tem mais 14 detidos


Publicitário mineiro foi transferido para Salvador no início da tarde
02/12/2011 12h42
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FELIPE REZENDE
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FOTO: CHARLES SILVA DUARTE/O TEMPO
Marcos Valério foi preso nesta madrugada, na Pampulha
Além do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, suspeito de comandar o esquema nacionalmente conhecido como "Mensalão”, outras 14 pessoas foram presas nesta sexta-feira (2) durante a operação “Terra do Nunca”. O empresário foi detido no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Segundo a Polícia Civil de Minas, Marcos Valério embarcou no início da tarde desta sexta para Salvador, à pedido da Justiça da Bahia. A aeronave foi fretada pelo governo baiano.
Dois homens e uma mulher, que são sócios do empresário, também foram detidos na capital. As outras prisões ocorreram durante cumprimento de mandados em São Paulo e na Bahia.
Os mandados foram expedidos pelo Ministério Público da Bahia, referentes ao envolvimento dos suspeitos na aquisição de papéis públicos para a "grilagem" de terras. A ilegalidade ocorreu no município de São Desidério, no oeste do estado.
Histórico - Em setembro deste ano,  a 4ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte condenou Marcos Valério Fernandes de Souza e Cristiano de Mello Paz, sócios da empresa SMP&B Comunicações Ltda, por  prestarem falsas informações financeiras e induzirem ao erro o Banco Central do Brasil. O publicitário recebeu sentença de seis anos e dois meses de reclusão.
No dia 28 de outubro deste ano, o Ministério Público Federal em Belo Horizonte denunciou pela 11ª vez o empresário Marcos Valério e sua esposa, Renilda de Souza, por lavagem de dinheiro. Os fatos foram descobertos em 2005, no caso Mensalão. De acordo com a denúncia, foram transferidos milhões de reais entre contas de titularidade da denunciada e da empresa de Valério. Grande parte da verba teve origem em contas do Mensalão.
O publicitário foi acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha, evasão de divisas e peculato, quando o servidor público usa a função no desvio de recursos em benefício dele e de terceiros. Marcos Valério nega ser o comandante do "Mensalão " e já afirmou por mais de um vez que o esquema foi uma criação mental.
Atualizada às 13h31.
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