quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nova defesa quer habeas corpus de goleiro no STF



Francisco Simim e Ruy Pimenta integram a quarta equipe a assumir o caso que apura do desaparecimento de Eliza Samudio


RENATO COBUCCI
goleiro bruno chorando
Bruno está preso em uma cela individual da Penitenciária Nelson Hungria
Os advogados criminalistas Francisco Simim e Ruy Caldas Pimenta informaram que, desde essa quarta-feira (7), são, legalmente, os advogados de defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes, suspeito do sumiço e suposto assassinato de Eliza Samudio, em junho do ano passado. Eles integram a quarta equipe a assumir o caso.

Francisco Simim, que também, é advogado da ex-mulher de Bruno, Dayane dos Santos, revelou que o primeiro passo é obter um habeas corpus para o acusado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele informou que aguarda apenas a publicação de um acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou a liberdade ao atleta em outubro passado. Naquela data, o ministro Sebastião Reis Júnior, relator do recurso impetrado pelo então advogado de defesa Cláudio Dalledone, negou o habeas corpus por considerar o ex-goleiro “perigoso”. Em seu despacho, o ministro alegou que a “periculosidade do acusado é suficiente para mantê-lo preso e que a circunstância do crime ultrapassa os limites da crueldade”.

Atualmente, o ex-ídolo do Flamengo está em uma cela individual da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde trabalha na faxina.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que Bruno tem se dedicado ao artesanato com palitos de picolé e crochê. Como o uso de agulhas é proibido, ele trança a linha com o auxílio de um cabo de escova de dentes. O material é levado pela noiva do ex-atleta, Ingrid Calheiros, durante as visitas.

No último dia 6, os advogados criminalistas paranaenses Cláudio Dalledone e Caio Matheus Fortes renunciaram à defesa técnica do ex-goleiro, sob alegação de “conflito da tese da versão do réu com o argumento da defesa”.

Em fevereiro, o advogado Robson Martins Pinheiro Melo também havia deixado a defesa, sob argumento de quebra de contrato e não recebimento dos honorários no valor de R$ 150 mil. Anteriormente, Ércio Quaresma já havia sido destituído pelo próprio Bruno.

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