sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Jurados Bola foi inocentado da acusação de assassinato do agente penitenciario


 R7

FOTO: CHARLES SILVA DUARTE/O TEMPO
Sentença foi divulgada no fim da tarde desta quarta-feira


O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi absolvido da acusação de matar o carcereiro Rogério Martins Novelo no ano 2000. Ele recebeu quatro votos pela absolvição e quatro pela condenação. A decisão do Conselho de Sentença foi lida no fim da tarde desta quarta-feira (7) no Fórum de Contagem na região metropolitana de BH. Bola foi levado ao Tribunal após a irmã da vítima tê-lo reconhecido após a repercussão do caso Eliza Samudio.

Lágrimas de Bola em julgamento "são de crocodilo", diz delegado
Segundo dia de julgamento de Bola é marcado por bate boca

A defesa de Marcos Aparecido defendeu o argumento de que o retrato falado do suspeito pelo crime, na época, não possui traços parecidos com o ex-policial. O método utilizado pelo atirador também foi questionado. A arma usada no crime, uma pistola calibre 765, não seria a indicada por ter menor poder de fogo, e o acusado, por ter atuado na polícia, teria precisão suficiente para atirar de longa distância. O promotor Henry Wagner Vasconcelos argumentou que a arma tem poder de fogo semelhante a outros armamentos.

Um dos advogados de defesa, Zanone Manoel, comemorou a decisão dos jurados.
— A defesa está em júbilo. Os jurados fizeram uma análise crítica da prova contidas nos autos. Os jurados disseram à acusação e à polícia que o jurado não é bobo, não é marionete. Ele não julga com base na opinião pública, mas com base nas provas dos autos. Houve um homicídio, mas Marcos Aparecido nunca esteve naquele local, ele não foi o assassino.
Júri
No segundo dia de júri, Bola negou as acusações e afirmou que é perseguido pelo delegado Edson Moreira, ex-chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que testemunhou no caso. Ele explicou que rixas com o policial, nos anos 1990, provocaram as acusações. Segundo Marcos Aparecido, homicídios sem solução seriam atribuídos a ele por disputas com o delegado. Ele alegou ainda que foi incriminado no caso por sua visibilidade no caso Eliza Samudio – crime pelo qual ele será julgado a partir de 19 de novembro. 

O júri popular foi marcado por polêmicas desde o início. No início da sessão, no dia 5, a defesa tentou adiar novamente o júri, alegando que documentos foram anexados pelo Ministério Público na semana anterior. A juíza responsável pelo caso, Marixa Fabiane Lopes, não aceitou as alegações, argumentando que os advogados já conheciam o material.



Nenhum comentário:

Postar um comentário