Dupla mineira é suspeita de operar uma distribuidora clandestina de medicamentos às margens do Anel Rodoviário
FREDERICO HAIKAL
Renato chegou a ser levado à porta do MP, mas teve seu depoimento remarcado
Os empresários e donos do Laboratório Farmacêutico Hipolabor, Ildeu de Oliveira Magalhães, 55 anos, e Renato Alves da Silva, 40, e a farmacêutica Larissa Pereira deixaram o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, na Região Noroeste de BH, no nesta quinta-feira (21).
Ildeu e Renato foram presos no último dia 12 de abril sob a acusação de fraudes de licitações, adulteração de medicamentos, sonegação e evasão fiscal, além de formação de cartel para a venda de remédios. A farmacêutica foi apontada como a responsável pela escrituração de armazenamento de remédios de outra empresa de Ildeu, a Sanval. No dia da prisão, ela estava com 60 caixas de medicamentos variados, todos de uso restrito e sem nota fiscal.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds-MG) confirmou que os advogados dos dois apresentaram os alvarás de soltura expedidos pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais às 6 horas da manhã, quando eles deixaram a prisão. Magalhães e Silva são acusados ainda pelo Ministério Público por envolvimento com o tráfico de drogas. Larissa foi libertada após a concessão de habeas corpus.
Os empresários mineiros são suspeitos de operar uma distribuidora clandestina de medicamentos às margens do Anel Rodoviário, no Bairro Borges, em Sabará, na Grande BH. No laboratório não foram encontrados autorização de funcionamento e licença especial para armazenamento de medicamentos controlados.
Os empresários são investigados desde 2009 por 130 homens da Promotoria de Justiça do Estado de Minas Gerais, das polícias Civil e Militar, Receita Estadual e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Eles foram presos em suas respectivas casas, no Bairro Lourdes e no Bairro Belvedere, ambas na Região Centro-Sul da Capital, durante a Operação Panaceia.
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