terça-feira, 26 de abril de 2011

Detentos da Nelson Hungria tinham celulares, facas e até drogas dentro das celas


 
Balanço da operação Pente Fino realizada no presídio apreendeu uma série de materiais ilegais que estavam em poder dos presos
26/04/2011 19h00
ANA CLARA OTONI
www.twitter.com/Otempoonline

FOTO: RODRIGO CLEMENTE/OTEMPO
Familiares dos detentos estiveram no local e protestavam contra a operação; polícia usou gás de pimenta
RODRIGO CLEMENTE/OTEMPO
Familiares dos detentos estiveram no local e protestavam contra a operação; polícia usou gás de pimenta
Celulares, chuços, facas, tesoura e drogas. O material foi encontrado dentro de celas da Penitenciária Nelson Hungria, durante os dois dias de operação Pente Fino. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) a ação contou com 400 agentes do Grupo de Intervenção Tática (GIT), do Comando de Operações Especiais (Cope) e de outras unidades prisionais.
Durante a operação, os agentes também retiraram das celas materiais velhos, como colchões que não eram utilizados, pedaços de papelão e pedaços de panos. Todo o lixo foi queimado na área externa do presídio, o que provocou boatos de que teria ocorrido um motim dentro da cadeia. A Sedes, contudo, descartou qualquer tipo de ação revoltosa dos detentos. Familiares dos detentos estiveram no local e protestavam contra a operação, a polícia precisou fazer uso de gás lacrimogêneo para conter os revoltosos.

O balanço divulgado nesta terça-feira apontou que os agentes apreenderam 16 celulares, 24 chips, 11 chuço, espécie de pedaço de madeira armado de ponta aguda de ferro, duas facas, uma tesoura, uma serra estilo cegueta e 17 papelotes ou buchas com substâncias semelhantes à maconha, cocaína e crack. Três detentos foram encaminhados para a 6ª Delegacia da Polícia Civil, também em Contagem, por porte de celulares e drogas.
No balanço divulgado, o subsecretário de administração prisional, Murilo Andrade Oliveira, afirmou que as buscas na penitenciária Nelson Hungria tiveram como objetivo retirar de dentro da unidade qualquer material ilícito que representasse ameaça à segurança dos detentos ou permitisse o contato deles com o mundo exterior. “É um procedimento rotineiro em todos os presídios e penitenciárias do Estado”, destacou.
Segundo o subsecretário, as varreduras acontecem semanalmente, sendo que esta última teve o formato diferenciado, por contar com a participação de outras unidades prisionais. “A intenção da mudança foi dar mais agilidade e qualidade às buscas, fazendo um verdadeiro pente fino”, concluiu.
Todo o Estado
As outras 119 unidades prisionais administradas pela Suapi passarão pelo mesmo procedimento, nos próximos meses. A ação de varredura na Nelson Hungria foi acompanhada pelo Ministério Público, do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
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RODRIGO CLEMENTE/O TEMPO
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