terça-feira, 26 de abril de 2011

Juíza terá segurança especial; plano de execução é apurado.



Delegado Edson Moreira acredita na veracidade da ameaça. A Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pediu à Polícia Civil que investigue a denúncia de que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, estaria arquitetando, de dentro da prisão, o assassinato da juíza de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues, do delegado Edson Moreira, do advogado José Arteiro Cavalcante e de outros envolvidos no caso da morte de Eliza Samudio. Bola é acusado de ser o executor da ex-namorada do goleiro Bruno. A Justiça também irá providenciar segurança especial para a magistrada.

A denúncia do suposto plano de execução foi divulgada por José Arteiro Cavalcante, assistente de acusação, contratado pela família de Eliza. Na última terça, ele protocolou um ofício no Fórum de Contagem, onde o processo é julgado. "Fui procurado pela mulher do colega de cela de Bola. Fui conversar com ele na Nelson Hungria. Ele me contou que Bola confessou que matou Eliza e que planejava matar a mim, a doutora Marixa e o Edson Moreira", disse Arteiro.

Entre as supostas vítimas, a juíza Marixa Rodrigues enviou ontem um ofício para a corregedoria pedindo que "sejam tomadas as medidas cabíveis". Agora, com o pedido oficializado, a corregedoria irá acionar o Centro de Segurança Institucional do TJMG, que vai definir as medidas de segurança a serem adotadas. Uma das possibilidades é a escolta da magistrada.

Colegas. O plano de vingança teria sido revelado ao advogado por Jaílson Alves de Oliveira, ex-colega de cela de Bola. Ele também é ex-policial e está preso por diversos crimes, entre eles o de assalto. Os dois ficaram presos juntos por nove meses na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Eles foram transferidos, na última quarta-feira, para a Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana. Hoje, eles estão no mesmo pavilhão, destinado a ex-policiais. Como eles estão em celas separadas, o Estado informou que Jaílson não será transferido novamente.

Delegado dispensa proteção e diz: Outros me querem morto.
O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil, disse que não duvida que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tenha planejado matá-lo.
"Cuidado a gente sempre tem que tomar. Não é só ele que quer a minha morte. Tem outras pessoas de outros casos que já investiguei que também me querem morto", afirmou Moreira.

O delegado, no entanto, disse que não recebeu nenhuma ameaça e que não irá tomar nenhuma medida especial de segurança.

Defesa de Bola. O advogado de Bola, Zanone Oliveira Júnior, disse que seu cliente jamais demonstrou revolta contra as autoridades envolvidas no caso de Eliza. "Tudo isso é invenção para que meu cliente não saia da prisão. A juíza é imparcial. Isso são denúncias de pessoas que querem aparecer", disse. FONTE: O TEMPO.

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