Com o objetivo de preparar os militares para realizarem a segurança do país durante a Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas de 2016, o Exército formula um projeto de investimentos em sistemas de inteligência e equipamentos que deve chegar a R$2 bilhões.
Segundo o G1, o plano foi batizado de “Brigada Braço Forte” e sua justificativa, segundo as Forças Armadas, é que “atualmente, o índice de obsolescência dos meios de comunicações (do Exército) ultrapassa 92%”, e isso afeta a capacidade de coordenação e controle até de simples emprego de tropa para ações emergenciais”.
O comandante do Centro de Guerra Eletrônica do Exército, o general Antonio Santos Guerra Neto, informou que o projeto será encaminhado para a presidente Dilma Rousseff até 2012.
O Ministério da Defesa desconhece o projeto e a participação das Forças Armadas nos jogos ainda está em discussão. Atualmente, o planejamento da Copa está sendo administrado pelo Ministério da Justiça.
Um sargento do Corpo de Bombeiros de Uberaba, no Triângulo Mineiro, foi morto a tiros na noite dessa sexta-feira (29) quando saía de carro de sua casa no bairro Vila Celeste.
De acordo com informações da Polícia Militar, o bombeiro chegou de moto e iria tirar o carro da garagem de sua residência quando foi abordado e acabou sendo baleado. Testemunhas relataram à polícia que o sargento, ao sair para fechar o portão, foi abordado por um homem. Os dois tiveram uma discussão que culminou com alguns tiros disparados. Destes, um acertou o ombro e outro a cabeça do militar. O suspeito fugiu.
O sargento foi socorrido e encaminhado a um hospital local mas chegou sem vida.
O corpo foi encaminhado para o IML de Uberaba. Atualizada às 18h34
Parentes de presidiários da Nelson Hungria denunciaram que os presos estão sendo vítimas de violência e maus tratos após a operação "Pente Fino" realizada na última terça-feira.
Segundo relatos, durante a visita na manhã deste sábado, as mulheres dos presos recolheram dezenas de balas de borracha que estavam espalhadas pelo chão próximo às celas. Segundo os parentes, vários presidiários estão feridos, com marcas no rosto, na região dos olhos e nas costas.
Os parentes também denunciaram que durante a operação da polícia, esta semana, foram retirados das celas todos os pertences dos presos, além de lençóis e roupas. Muitos deles relataram ainda que os objetos levados durante a visita pela família, como roupas e alimentos, não estão sendo entregues pelos agentes.
Antes de começar a visita deste sábado (30), assistentes sociais do presídio reuniram os parentes dos presos em grupos de 30 pessoas e garantiram que todos estão sendo bem tratados. Os assistentes acusaram a imprensa de "fazer estardalhaço" e negaram a ocorrência de abuso de autoridade e uso de violência durante a operação.
Segundo a Secretaria de Defesa Social, durante a operação foi utilizado equipamento não-letal, conhecido como anti-motim, para alertar os presos e possibilitar a realização da operação. A orientação da Secretaria é que, caso os parentes queiram denunciar qualquer desvio de conduta por parte dos agentes penitenciários, devem ligar diretamente para a Ouvidoria Geral do Estado no número 0800-2839191.
A Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), recebeu nesta quinta-feira (28), a visita de representantes da Unicef, Instituto del Niño y Adolescente de Uruguay (INAU), e do poder público uruguaio. Eles vieram a Minas Gerais conhecer as experiências bem sucedidas do Estado no cumprimento de medidas socioeducativas.
O encontro, que aconteceu na Cidade Administrativa, teve como objetivo também promover o intercâmbio de informações entre o Brasil e o Uruguai. A expectativa é de que seja firmado um Termo de Cooperação Técnica entre o Governo de Minas Gerais e o Uruguai, a partir da visita, podendo se expandir para outros países latino-americanos. O documento é considerado um passo importante no sentindo de formalizar a troca de experiências bem sucedidas entres os países no âmbito do atendimento das medidas socioeducativas.
Diálogo
Desde 2009, a Suase vem estreitando laços e aprofundando discussões acerca das medidas socioeducativas, garantia de direitos, proteção integral da criança e do adolescente, dentre outros temas relacionados ao sistema. Uma palestra proferida pelo subsecretário de Atendimento as Medidas Socioeducativas, Ronaldo Pedron e demais integrantes da equipe da Suase marcou o início do diálogo entre todos os envolvidos.
Após o debate a comitiva visitou o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH) no Bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. Está prevista para amanhã, sexta-feira (29), a ida dos uruguaios ao Centro Socioeducativo de Justinópolis, na Região Metropolitana da capital.
Para o senador uruguaio Carlos Moreira a visita está permitindo ver de perto o trabalho realizado pelos mineiros. “Só temos a aprender aqui, uma vez que o índice de fugas em Minas é baixíssimo. As experiências adquiridas serão fundamentais para conseguirmos aperfeiçoar e aprimorar nosso sistema de atendimento ao adolescente em conflito com a lei e garantir o direito dos jovens como cidadãos”.
Referência
O presidente do Instituto del Niño y Adolescente de Uruguay, Alejandro Javier Salsamendi, disse que o mais chamou sua atenção no sistema socioeducativo de Minas foram os instrumentos de segurança, que conta com agentes penitenciários ao invés de policiais, bem como o funcionamento das várias políticas de atendimento aos adolescentes: internação, semiliberdade, meio aberto e Centro Integrado.
A proposta de aproximar as políticas dos dois países surgiu em 2010, quando o jurista argentino, fundador e presidente da Fundación Sur Argentina, Emílio García Méndez, esteve no Brasil para a comemoração dos dois anos de Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH) de Belo Horizonte, em dezembro.
Agilidade
Segundo o subsecretário Ronaldo Pedron, o CIA é um estabelecimento tido como referência positiva no Brasil, uma vez que possibilita atendimento imediato ao adolescente autor de ato infracional, inclusive com plantões noturnos e aos sábados, domingos e feriados. Atualmente, 81% dos adolescentes são atendidos em até 24 horas em decorrência do centro integrado. “A agilidade contribui para acabar com o sentimento de descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e de falta de responsabilização do adolescente,” destaca.
O juiz da Vara da Infância e Juventude do Rio Grande do Sul, João Batista Costa Saraiva, acompanhou a comitiva uruguaia na visita a BH. Atualmente Minas Gerais possui 19 centros socioeducativos para internação e nove casas de semiliberdade. Somente na capital, 3.400 são atendidos por meio da Liberdade Assistida. Nesta modalidade do meio aberto, a execução de medidas de caráter socioeducativo é realizada sem a restrição da liberdade aos adolescentes autores de ato infracional de menor gravidade.
Uma delegacia foi alvejada com mais de 30 tiros na madrugada deste sábado (30) em Itajaí (a cerca de 90 km de Florianópolis). É o sexto ataque contra prédios públicos de segurança no Estado em um mês, segundo a Secretaria da Segurança Pública catarinense.
O ataque ocorreu por volta das 0h30. Um delegado e três agentes estavam no local. Segundo informações de funcionários da delegacia, quatro homens chegaram em duas motos e passaram a atirar. A ação durou pouco mais de dez segundos. Não houve feridos.
O agente de polícia Mariano de Miranda Santos, que trabalha no local, diz que os vidros das janelas e da porta frontal da delegacia ficaram totalmente quebrados.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado, que investiga o caso, a suspeita é a de que os atentados a prédios da polícia estejam relacionados à repressão ao tráfico de drogas.
A secretaria ainda trabalha com a hipótese de que a ordem para efetuar os ataques tenha partido da penitenciária de segurança máxima em São Pedro de Alcântara (a 29 km de Florianópolis). ATAQUES
A onda de ataques a prédios de segurança em SC começou na madrugada do dia 1º de abril, quando uma bomba caseira explodiu em um posto da Polícia Militar na praia de Coqueiros, em Florianópolis. Não houve feridos.
Outros três ataques foram registrados em bases operacionais da polícia próximas à região da praia dos Ingleses e na 4ª Delegacia de Polícia Civil em Coqueiros, também na capital. Em todos os casos, homens atiraram contra o local.
O quinto ataque foi registrado na Central de Triagem de Florianópolis, no dia 20 de abril. Um artefato semelhante a uma bomba foi deixado próximo ao prédio da Central, mas não explodiu.
A Secretaria de Segurança Pública disse que montou uma força-tarefa para investigar os atentados e que monitora prováveis suspeitos.
Pedido foi feito com intenção de diminuir roubos e explosões nos caixas
Josimara Silva, da Agência Record
Helio Torchi/AE
Criminosos atacaram pelo menos três caixas eletrônicos na madrugada de quinta-feira (28)
A Polícia Militar de São Paulo informou, nesta sexta-feira (29), que pediu à Febraban (Federação Brasileira de Bancos) que diminua a quantidade de dinheiro em caixas eletrônicos que não estejam em agências bancárias. A intenção é diminuir a ocorrência de roubos e explosões que vêm ocorrendo frequentemente em caixas eletrônicos da cidade.
Segundo o major Marcel Soffner, já havia várias operações em andamento para coibir a criminalidade, mas dessa vez os trabalhos serão intensificados.
- Propusemos à Febraban duas coisas: diminuir a quantidade de dinheiro em caixas eletrônicos que não estejam em agências bancárias e que as instituições bancárias façam uma análise de risco. Por exemplo, analisar o tipo de estabelecimento comercial que comporte um caixa eletrônico.
De acordo com Soffner, é necessário analisar a localização e o tipo de estabelecimento comercial onde o caixa está sendo instalado, a intensidade de pessoas que circulam no local e o período em que ficará aberto.
- Um ponto positivo já disponibilizado pela Febraban, que a Polícia Militar apoia, é o fato de colocar dispositivos, que, no caso de uma explosão, as notas fiquem demarcadas. Isso irá desencorajar a ação criminosa.
Além disso, a Polícia Militar irá intensificar as operações policiais, mapear os locais onde têm ocorrido esse tipo de crime e realizar, de forma mais intensa, abordagem em veículos que trafegam na cidade durante a madrugada.
- Vamos manter também uma integração ainda maior com as forças de segurança: Polícia Civil, Guarda Municipal e contar sempre com o apoio das câmeras de monitoramento da Prefeitura de São Paulo.
EFAP APLICA CURSO INTRODUTÓRIO PARA OS CANDIDATOS DO PROCESSO SELETIVO DE ÁGUAS FORMOSA. A EFAP (Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário), realizou nos dias compreendidos entre 25 a 29 de Abril no município de Águas Formosa o curso introdutório aos candidatos do processo seletivo para assunção do Presídio de Águas Formosa. Participaram um total de 80 candidatos para o cargo de Agente de Segurança Prisional e candidatos aos demais cargos que são de oficial de serviços gerais, assistente social, analista jurídico, enfermeiro, psicólogo, auxiliar administrativo e auxiliar de enfermagem. A equipe de docentes coordenadas pelo instrutor da EFAP o Antônio Marcos, foi composta com apoio dos profissionais que prestam serviços na Penitenciária de Teófilo Otoni. Vale ressaltar que os candidatos ao cargo de Agente de Segurança Prisional, tiveram também aulas práticas voltadas para o trabalho do dia-a-dia do profissional que presta um serviço de extrema importância para a sociedade mineira. Da esquerda para a direita: Marciliio Pinheiro, Ademilson Jardim, Lazaro Monteiro, Vinicius Urcino, Antônio Marcos, Ramon Rodrigues e Bruno Santos As matérias aplicadas apresentam um conteúdo muito rico em conhecimentos tais como Direito Aplicado ministrado pelo Analista Jurídico o Dr. Edwin Cesar, Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional ministrada pelo profissional de saúde o Rosalvo da Silva Santana que já detém de um conhecimento profissional enriquecedor, pois prestou mais de vinte anos de serviço na área de saúde, foi aplicado a matéria de Direitos Humanos ministrada por um Agente. Também foi aplicada a matéria Modelo de Gestão Prisional tanto teórica como pratica ministrada pelo coordenador da EFAP o Dr. Antônio Marcos juntamente com os Agentes de Segurança Prisional Marcilio Pinheiro, Lazaro Monteiro, Vinicius Urcino e Bruno Santos. O curso teve encerramento na sexta-feira dia 29 de Abril com a aplicação da Avaliação Escrita.
Reuniram nesta tarde de sexta-feira, 29 de abril, mais de 5 mil policiais e agentes penitenciários no movimento de reivindicação de melhorias salariais. Os manifestantes estiveram na Praça da Liberdade e desceram a Av. João Pinheiro até a Afonso Pena, após isto queimaram caixão na Praça SETE. Estiveram presentes policiais de diversas delegacias, além de um ônibus com mais de 45 agentes Penitenciários de Gov. Valadares sob o comando do Sindpen e diversos Agentes de Contagem, Neves e BH.
Os Policiais Civis presentes aprovaram em assembleia geral da categoria, por unanimidade, estado deGREVE GERALa partir das 00:00 hs do dia 10 de maio, nos termos da Lei 778/89 (lei do direito de greve), onde os servidores da Polícia Civil atenderão a população na proporção de 50%, e só retornarão à plenitude após atendimento de sua pauta reivindicatória por parte do Governo.
O Sindicalista Denilson Martins cedeu um espaço no caminhão de som para que os representantes do Sindpen desse a palavra aos Agentes Penitenciários.
Caso o Sindicalista Denilson Martins e demais membros do Sindpol consigam o aumento, ele se estenderá à categoria dos Agentes Penitenciários. A previsão é de que o aumento para este ano seja de 15%, o que daria um valor de 266 reais de reajuste salarial.
Quatro coletivos foram incendiados somente nesta semana
Do Hoje em Dia
Carlos Roberto/Hoje em Dia
Homens armados atearam fogo em um ônibus em Contagem na quarta-feira
Criminosos ligados a uma facção criminosos ameaçavam queimar mais seis ônibus na região metropolitana de Belo Horizonte até este sábado (30), de acordo com informações da polícia. Na noite de quarta-feira (27), dois veículos foram incendiados, totalizando quatro ataques apenas nesta semana.
As ações seriam represálias à varredura, realizada pela Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), na Penitenciária Nelson Hungria, em Nova Contagem. A ação resultou na apreensão de celulares, drogas e armas.
Por causa das ameaças de novos ataques, todos os batalhões da Polícia Militar da região metropolitana reforçaram, desde quinta-feira (28), as rondas nas linhas do transporte coletivo. As ordens para queimar ônibus estariam sendo dadas por telefone por presos que estão na penitenciária, conforme informação repassada pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.
Na tentativa de fazer uma “limpa” na penitenciária, e suspender os ataques, homens da Seds voltaram a fazer na quinta-feira uma varredura na Nelson Hungria.
O Comando da Polícia Militar alega que os ataques são um ato de vandalismo. Entretanto, as investigações feitas pela Polícia Civil apontam como responsável pelo incêndio a um ônibus da Linha Ipê Amarelo, em Nova Contagem, na terça-feira, a mulher de um preso.
O nome do detento não foi divulgado para não atrapalhar as investigações. Na casa da mulher, os militares encontraram três tabletes de maconha e um celular com telefones de pessoas do Rio de Janeiro e São Paulo. Um dos ataques a ônibus na noite de quarta-feira ocorreu em Vespasiano e outro em Belo Horizonte. Os criminosos renderam os motoristas e cobradores e, em seguida, atearam fogo nos veículos, que ficaram parcialmente destruídos.
De acordo com o assessor de comunicação da PM, capitão Gedir Rocha, designado pela Seds para falar sobre os crimes, as ações estão sendo tratadas como casos isolados de vandalismo, apesar dos indícios de que tenham relação com as operações na Nelson Hungria.
Geraldo Marcelino já cumpria pena de 27 anos por homicídio e é investigado ainda por uma quarta morte
Ana Lúcia Gonçalves - Da Sucursal do Leste de Minas - 29/04/2011 - 17:20
Diário de Caratinga
Geraldo Marcelino Moreira é acusado também de matar quatro mulheres
Corpo de Bombeiro/Divulgação
As ossadas foram encontradas dentro de um poço artesiano na casa de Geraldo
CARATINGA – Quarenta e oito anos e 80 dias de reclusão. Essa é a pena imposta ao preso Geraldo Marcelino Moreira, 43 anos, o “homem-aranha”, condenado na quinta-feira (29) pelo assassinato e ocultação dos cadáveres de duas meninas de 10 anos, em 2002. As ossadas foram encontradas em uma cisterna desativada, no quintal da casa dele, em 2005. Moreira, que já cumpria pena de 27 anos por homicídio, é investigado ainda por uma quarta morte, a de Josiane Karine Cristóvão Fernandes, que desapareceu aos 12 anos, em outubro de 2002, e dois estupros.
O julgamento foi realizado no Fórum Desembargador Faria e Souza, em Caratinga, sob forte esquema de segurança. Os trabalhos começaram às 9h30 e foram presididos pelo juiz José Venâncio de Miranda Neto, com a participação da promotora Flávia Alcântara e do advogado de defesa nomeado pelo Estado, Anderson Humberto Parreira. A imprensa não pode fotografar ou filmar o julgamento. Familiares e curiosos se revezaram no salão no júri, formado por seis homens e uma mulher, durante todo o dia.
A sentença pelas mortes e ocultação dos cadáveres das estudantes Thaís Grazielle Inácio e Natália Celeste da Silva Moraes, saiu às 20 horas. Moreira, que já cumpria pena de 27 anos na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, pelo assassinato de Juliana Abdala, 26 anos, voltou para o presídio aparentando a mesma tranquilidade com a qual chegou ao Fórum. Ao juiz, o condenado alegou nunca ter visto Thaís e Natália, que eram suas vizinhas.
Disse ainda que não sabia o motivo das ossadas terem sido encontradas no quintal de sua casa e negou o primeiro depoimento, quando afirmou ter dado carona para as meninas e sofrido um acidente, no qual morreram. Na época ele alegou que tinha problemas com a polícia e não queria se comprometer mais, por isso desovou os corpos na cisterna. Ele contou que na ocasião tinha sido torturado para confessar o crime.
Também garantiu que não sabe de quem é a terceira ossada, encontrada na mesma cisterna. Os exames de DNA feitos na assada de adolescente não foram conclusivos, mas a polícia suspeita que sejam de Josiane Karine Cristóvão Fernandes, que desapareceu aos 12 anos, em outubro de 2002. Ela morava na mesma rua do acusado, no Morro da Antena, e ainda é considerada desaparecida. Um inquérito foi instaurado pela polícia de Caratinga para investigar o caso.
A promotora Flávia Alcântara mostrou laudos de exames de corpo de delito que desmentiriam a suposta agressão sofrida por "homem-aranha" e revelou que a testemunha que viu as meninas vivas, quando entravam na casa dele, foi ameaçada de morte. “De quase cem júris que já participei, nunca vi um réu tão habilidoso para prestar depoimento. Mesmo quando mente, consegue seguir uma boa linha de raciocínio e tem essa mesma habilidade para matar”, afirmou.
Ainda de acordo com a promotora, boa parte dos crimes que “homem-aranha” cometeu ocorreram quando estava em liberdade condicional. Entre eles estaria a morte de Juliana Abdala, 26 anos e o estupro de duas adolescentes, no mesmo local onde o corpo foi encontrado, uma mata no Morro da Antena. Após a violência sexual, elas teriam sido obrigadas a ter relações sexuais com seus namorados, na frente dele. A intenção do criminoso era “apagar vestígios do estupro”.
O advogado de defesa, Anderson Humberto Parreira, usou a tese de negativa de autoria e garantiu que havia divergências nos autos, mas não conseguiu convencer os jurados. “A justiça foi feita. Meu coração está limpo e minha alma lavada”, disse a mãe de Natália, Silvana Aparecida da Silva Moraes. Chorando, a tia de Thaís, Fernanda Ferreira, disse que a sensação era de alívio. “Não tem jeito de trazer minha sobrinha de volta, mas a justiça foi feita”. A mãe de Thaís, Wanderlúcia Ferreira Inácio, não assistiu ao julgamento, segundo familiares, para evitar mais sofrimento.
Entorpecente estava sendo trazida do Paraguai com destino à Capital mineira
Amanda Paixão - Repórter - 29/04/2011 - 12:45
Polícia Federal/Divulgação
Toda a droga estava camuflada sob o piso de um ônibus
Mais de 1.400 quilos de maconha foram encontrados, na madrugada desta sexta-feira (29), no assoalho de um ônibus de viagem em Piumhi, no Centro-Oeste de Minas. Quatro pessoas de uma quadrilha, que agia em Belo Horizonte, foram presas.
Segundo a Polícia Federal (PF), a apreensão é resultado de uma investigação que durou quatro meses. Há dez dias, os agentes teriam recibos informações de que um grande carregamento chegaria à Capital mineira nesta semana, vindo do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, em um ônibus velho de turismo.
Na noite desta quinta-feira (28), a polícia identificou o provável alvo no município de Passos, no Sul de Minas. O ônibus, que estava sendo acompanhado por um veículo de passeio, foi seguido pelos federais e parado em um posto da Polícia Rodoviária Estadual, em Piumhi. Os viajantes foram abordados e entraram em contradição ao tentar explicar o motivo da viagem.
Ainda segundo a PF, a droga estava bem escondida e foi necessário usar ferramentas especiais para encontrá-la. A maconha estava camuflada sob o piso do veículo. A polícia prendeu duas pessoas que viajavam no ônibus e outras duas que no veículo batedor.
Os suspeitos foram ouvidos e encaminhados à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na RMBH, onde ficarão à disposição da Justiça. Se forem condenados, poderão responder pelo crime de tráfico interestadual de drogas, com penas previstas de 5 a 15 anos de reclusão.
Cerca de 1.500 homens fecharam o trânsito no Centro de BH e queimaram um caixão na Praça Sete
Celso Martins e Pedro Rotterdan - Repórteres - 29/04/2011 - 18:21. Última Atualização: 20:26
Os policiais civis de Minas Gerais decidiram entrar em greve a partir do dia 10 de maio. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (29), em assembleia realizada na Praça da Liberdade, onde estiveram cerca de 1.500 policiais, conforme estimativa do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindipol). Após a decisão, a categoria saiu em passeata pelo Centro de Belo Horizonte, deixando o trânsito de final de sexta-feira ainda mais caótico.
Na Praça 7, os policiais queimaram dez caixões. O trânsito nas avenidas Afonso Pena e Amazonas ficou fechado por cerca de uma hora e meia nos dois sentidos, causando retenções nos principais corredores de acesso ao Centro.
Policiais de todas as regiões do Estado viajaram para Belo Horizonte em 15 ônibus para participar da manifestação. Eles querem que o Governo de Minas pague salário de R$ 4.200 para investigadores e escrivães. Hoje, eles recebem R$ 2.043. Os delegados, que no início de carreira recebem R$ 5.500, reivindicam vencimento de R$ 18 mil, mesmo valor pago ao promotor de Justiça.
O presidente do Sindipol, Denílson Martins, garante que a greve será por tempo indeterminado. Segundo ele, no dia 10 de maio os policiais civis ameaçam paralisar 50% das atividades das delegacias, do Instituto Médico Legal (IML), do Instituto de Criminalística e do Detran. “Além do reajuste salarial, queremos que o Governo de Minas realize, com urgência, um concurso público. A Polícia Civil tem hoje 9 mil homens, mas deveria ter, no mínimo, 18 mil”, afirma Denílson Martins.
Protesto dos policiais deixou o trânsito na Afonso Pena ainda mais complicado no final da tarde (Foto: Wesley Rodrigues)
Durante a manifestação desta sexta-feira, o sindicalista pediu aos policiais que não mostrassem as armas que estavam na cintura, alegando que isto poderia gerar uma imagem negativa junto à população, argumentando que o protesto era pacífico. “A categoria decidiu entrar em greve no dia 10 de maio, data que é comemorado o dia do policial civil. Apesar do transtorno causado no trânsito, tivemos o apoio da população na manifestação desta sexta-feira. Algumas pessoas bateram palma e outras jogaram papel picado dos prédios”, diz Denílson Martins.
A universitária Ana Cristina Coelho, 21 anos, lamentou a confusão no trânsito e disse que se soubesse da manifestação teria saído mais cedo de casa. “Acho isso uma falta de respeito com o povo. Eles têm direito de pedir aumento e outras coisas, mas não podem atrapalhar a vida das outras pessoas”, desabafa.
Os policiais militares farão uma assembleia no dia 11 de maio, no Clube dos Oficiais, no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. Após a assembleia, os militares prometem sair em passeata pelo Centro da capital. A categoria cobra do Governo de Minas salário de R$ 4 mil para soldado da PM e dos Bombeiros. Hoje, eles recebem R$ 2.041. Para as demais patentes, seria aplicado o mesmo reajuste.
Segundo o presidente da Associação dos Praças da PM e dos Bombeiros, Luiz Gonzaga Ribeiro, o Governo de Minas ainda não respondeu às reivindicações da categoria. “Não está descartada uma greve, caso a nossa pauta de reivindicações não seja atendida”, adverte Luiz Gonzaga. Segundo ele, em Sergipe o soldado recebe salário de R$ 3.400, em Brasília, R$ 5.500, e Goiás, R$ 3.300.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que as reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil estão sendo analisadas. Como a maior parte delas tem impacto direto no orçamento do Estado, é necessária uma avaliação técnica detalhada para qualquer decisão.
Advogados de Frederico Flores pediram para que seja instalado chuveiro quente na cela do acusado
Da Redação - 29/04/2011 - 21:01
Frederico Flores, acusado de chefiar a quadrilha conhecida como “Bando da Degola”, esteve nesta sexta-feira (29) no Fórum Lafayette para prestar esclarecimentos sobre a morte dos empresários Rayder Santos Rodrigues e Fabiano Ferreira Moura, em abril de 2010, no Bairro Sion, Região Centro-Sul de BH.
Flores era o último de oito acusados a depor. A demora aconteceu por causa de um teste de sanidade mental que precisava ser feito. Durante o interrogatório, ele ficou calado e não respondeu a nenhuma das perguntas feitas pela promotoria e pelo juiz.
Segundo a assessoria do Fórum, o juiz não estipulou prazos para que defesa e promotoria façam as alegações finais.
Durante o interrogatório, a defesa pediu que seja instalado um chuveiro quente na cela de flores e que ele receba tratamento médico adequado, já que possui deficiência mental, segundo laudo. A defesa ainda sustentou que essa foi uma recomendação feita pela a médica que o atende na Penitenciária Nélson Hungria.
Em manifestação na Praça Sete nesta sexta-feira (29), policiais civis protestavam por melhorias de salário e nas condições de trabalho
Policiais civis anunciaram que podem cruzar os braços a partir do dia 10 de maio. O anúncio foi feito após uma assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (29). A categoria afirma que entregou a pauta de reivindicações para o governo do Estado em setembro de 2010, mas que até agora não tiveram retorno do governo.
No último dia 8, os policiais fizeram uma assembleia que resultou em uma paralisão de 48 horas. A partir de então, os protestantes decidiram esperar um retorno do governo do Estado por 20 dias.
Se o Estado não se manifestar, os agentes da Polícia Civil de Minas Gerais devem parar por tempo indeterminado, a partir do dia 10 de maio.
Os protestantes pedem a realização imediata de concurso público, equiparação dos salários de delegados da polícia e representantes do Ministério Público, e melhores condições de trabalho. Eles ainda protestam pela equiparação dos salários de investigadores e escrivãos com peritos e médicos legistas. O salário de um policial civil, atualmente, é de R$ 2.040 e o de um perito e médico legista é de R$ 4.400.
Segundo os manifestantes, o quadro de policiais civis em Minas Gerais deveria contar com 18 mil; porém, o Estado conta com apenas 9 mil policiais civis.
Na próxima terça-feira (3) os policiais civis prometem fazer uma nova manifestação em frente ao prédio Minas, na Cidade Administrativa, sede do governo estadual.
Pelo menos 2 mil policiais civis interditaram o trânsito na Praça Sete, nesta sexta-feira (29). Mais cedo, a Praça da Liberdade foi o palco do protesto.
Suspeitávamos que haveria uma reunião na calada da noite para repor os cargos de diretor sindical, porém confirmada a suspeita, este humilde e esperançoso agente só tem a lhes convocar para amanhã mudar os rumos das coisas.
Amanhã precisamos de todos vocês lá, não precisa ser filiado, repito, não precisa ser filiado. Afinal de contas, o SINDASP não tem filiados, os agentes se filiam em um outro sindicato que é o sindpúblicos.
O SINDICATO TEM MUITOS PODERES COMO:
* NEGOCIAR PROVAS DE TÍTULOS E CONCURSOS,
*NEGOCIAR REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA COM O GOVERNO
*NEGOCIAR BENEFÍCIOS
*REPRESENTAR A CATEGORIA JUDICIAL E EXTRA-JUDICIALMENTE
Porém existe uma insatisfação geral, sequer colocam no site quando algum agente vem a falecer, como deixaram de registrar no ano passado os três assassinatos que ocorreram, mas mesmo assim eles ainda vão fazer de tudo para se manterem nos cargos, cabe a nós, a parte interessada, reivindicar o que é nosso de direito, pois sem sindicato, somos uma classe sem voz. Mas logo no calor das coisas quando vem a acontecer estes problemas de ataques a onibus é que o sindicato resolve fazer esta assembléia, absurdo!!!
PORTANTO, QUERO CONTAR COM TODOS VOCES LIGANDO, MANDANDO EMAILS, CONVIDANDO SEUS AMIGOS PARA TODOS COMPARECEREM LÁ E MUDAREM ESTE CENÁRIO QUE EU NÃO ENCONTRO NEM PALAVRAS PARA EXPRESSAR, DE TÃO VERGONHOSO QUE ESTÁ, É UMA COMPLETA COVARDIA.
O ENDEREÇO É:
Rua Tamoios 211. Centro de Belo Horizonte. Em frente à igreja católica, na esquina com Afonso Pena.
O HORÁRIO É OITO E MEIA DA MANHÃ
CONTO COM TODOS LÁ EM PESO!!!
Isto é muito importante para nós.... É a assembleía que irá definir várias coisas para nós. Qualquer dúvida, me liga:
AGENTES PENITENCIARIOS E ADMINISTRATIVOS DO SISTEMA PRISIONALCAMPANHA SALARIAL 2011CONVIDAMOS A TODOS OS SERVIDORES DO SISTEMA PRISIONAL E SOCIOEDUCATIVO DOESTADO DE MINAS GERAIS PARA REIVINDICAR O NOSSO AUMENTOS SALARIAL.LEMBRAMOS QUE OS SERVIDORES DO SETOR ADMINISTRATIVO HÁ VARIOS ANOS QUE NÃOTEM UM AUMENTO SALARIAL.DATA: 29 DE ABRIL DE 2011LOCAL: PRAÇA DA LIBERDADE EM BELO HORIZONTEHORÁRIO: 14 HORASPAUTAAUMENTO SALARIAL IGUAL AO DA POLICIA MILITAR E POLICIA CIVIL DE MINAS GERAIS.EQUIPARAÇÃO SALARIAL COM O DA POLICIA MILITAR DE MINAS GERAIS.PERICULOSIDADE.EFETIVAÇÃO DOS SERVIDORES PRISIONAIS COM MAIS DE 5 (CINCO) ANOS DE CONTRATO. APOSENTADORIA ESPECIAL.SINDPEN/MG E SINDPOL JUNTOS NESTA LUTA.FAÇA SUA CARAVANA E COMPAREÇA.FONTE: SINDPEN-MG
A Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) iniciou ontem o esvaziamento das 48 celas do Presídio Laércio da Costa Pellegrino, o Bangu 1, com a transferência dos internos para outras unidades do Complexo de Gericinó. O objetivo é transformar Bangu 1 num presídio exclusivamente destinado a presos em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
No RDD, o detento tem direito a apenas duas horas de banho de sol por dia. Nas outras 22 horas, o detento fica confinado numa cela individual. São mantidos em RDD bandidos que cometem faltas graves na cadeia.
Bangu 1 possui quatro galerias com 12 celas individuais. Há anos, uma das galerias já era destinada a presos no RDD. Considerado o presídio mais seguro do Estado, Bangu 1 abrigava presos de alta periculosidade — líderes de facções de tráficos de drogas.
Com a inauguração de quatro presídios federais de segurança máxima e a transferência de dezenas de traficantes do Rio para estas unidades, a Seap julgou que não é mais necessário a manutenção de um presídio deste tipo no estado.
Ontem, 12 traficantes de uma mesma facção foram transferidos de Bangu 1 para Bangu 4, entre eles Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém; seu braço-direito Elvécio Machado da Silva, o Luquinha; Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat; e Márcio Braz Januário, o Tiazinha.
No dia 27 de abril o Sindicato, na pessoa do diretor Damião Santos, esteve presente na reunião em prol da PEC 270/09, (que garante aposentadoria integral e paridade aos servidores aposentados por invalidez permanente), realizada no Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (SindJustiça), onde teve como objetivo debater a matéria e traçar metas para a mobilização de 2011.
A reunião foi dirigida pelo Coordenador de aposentados e pensionistas, Alcebiades Gonçalves, que compôs a mesa, com o representante da deputada Andreia Zito, chefe de gabinete, professor Hermano Tavares; pelo presidente do MOSAP (Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas), Edison Guilherme Haubert e pelos representantes das instituições sindicais diretor Damião Santos Moura, SindSeap e a Diretora da Aspem (Associação dos Servidores Públicos e Estaduais, Francisca Talarico.
Na oportunidade o professor Hermano Tavares esclareceu que a PEC ainda não foi colocada em votação na Câmara dos Deputados por falta de interesse do governo federal. “A PEC 270 é o resgate da cidadania do servidor aposentado por invalidez permanente”. Ele explicou que os proventos integrais e a paridade são direitos que foram subtraídos dos servidores públicos pela Emenda Constitucional 41/03. “Alertei a todos os sindicalistas presentes que o sucesso da PEC 270 muito dependerá da sensibilização de toda a sociedade, que tem interesses em sua aprovação. Pedi a todos que, nas suas bases, busquem fazer contato com seus deputados federais, no sentido de exigir dos mesmos a participação no mutirão para a aprovação da PEC 270”, relatou.
O chefe de gabinete ressaltou ainda a importância de que todos divulguem o teor da PEC 270/08 aos colegas servidores municipais, estaduais e federais: “Ela sendo aprovada, será uma grande vitória de todos os servidores. Hoje, ainda temos uma adesão muito tímida dos servidores estaduais e municipais”, conclamou Hermano Tavares.
Quando foi concedida a palavra, o diretor Damião Santos, explicou que o presidente Francisco Rodrigues não pode comparecer devido a um outro compromisso, mas que o nosso Sindicato está firme na luta em prol da PEC, e junto com os demais sindicatos para a batalha e mobilização no Congresso Nacional. “O nosso sindicato já está em Brasília lutando pela PEC 308/04, pela PEC 270/09 e demais projetos naquela Casa, a hora agora é de união geral, estamos nos colocando a inteiro dispôs no que for preciso para aprovação desta Proposta, pois é lamentável que os nossos companheiros passem por isso. Não podemos aceitar essa covardia”, afirmou o diretor.
ALMOÇO: No dia 05 de maio será realizado um almoço, no Clube Municipal na Tijuca a partir de 12h, para todos os aposentados e pensionistas. Mais Informações: 2569-4822.
O governo paulista concentrou seu investimento em segurança nos últimos seis anos na Polícia Militar e economizou com a Polícia Civil, informa a reportagem de Rogério Pagnan publicada na edição desta sexta-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Neste período, o governo de São Paulo investiu R$ 296 milhões além do programado na Polícia Militar (35% acima do previsto) e deixou de colocar R$ 65 milhões na Polícia Civil (13% abaixo do total).
A verba não gasta pela Polícia Civil seria suficiente, por exemplo, para implantar um sistema de identificação por digitais que existe em países desenvolvidos há 30 anos.
Leia a notícia completa na Folha desta sexta-feira, que já está nas bancas.
O guarda disse que fez o gesto por brincadeira e sem a intenção de agredir
José Maria Tomazela - 28/04/2011 - 19:34
Irritado porque o estudante não queria ir para casa, após ser colocado para fora da escola, o comandante da Guarda Municipal de Piedade (SP), Antônio Santti, puxou a orelha de um aluno de 12 anos da Escola Estadual Professora Theodora Camargo Ayres.
Ele disse que fez o gesto por brincadeira e sem a intenção de agredir, mas o Conselho Tutelar do município denunciou o guarda municipal por agressão e abuso de autoridade. Santti corre o risco de ser processado civil e criminalmente e, ainda, de perder o cargo.
O puxão de orelha ocorreu no dia 19 de abril, mas só chegou nessa quarta-feira (27) ao conhecimento da Polícia Civil, depois que a presidente do Conselho, Sidnéia Ponsoni, foi à casa da família e tomou o depoimento do garoto. Ela convenceu a família a denunciar a agressão à polícia.
Segundo a conselheira, os familiares não tinham levado o caso adiante por medo de sofrer represálias. Um guarda municipal, que acompanhava o comandante, e dois funcionários da escola confirmaram a versão do garoto.
De acordo com a Polícia Civil, o menino estava fazendo guerra de bolinhas de papel com os colegas de classe, quando foi surpreendido pelo professor. Levado à diretoria, foi suspenso por cinco dias, porém, ao invés de ir para a casa, ficou na frente da escola.
Veículo ficou destruído: homens renderem motorista e atearam fogo
Bandidos que seriam ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) ameaçam queimar mais seis ônibus na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) até sábado (30). Na noite de quarta-feira (27), dois veículos foram incendiados, totalizando quatro ataque nesta semana.
As ações seriam represálias à varredura, realizada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), na Penitenciária Nelson Hungria, em Nova Contagem, nesta semana, para apreender celulares, drogas e armas. Por causa das ameaças de novos ataques, todos os batalhões da Polícia Militar da Região Metropolitana reforçaram, desde quinta-feira (28), as rondas nas linhas do transporte coletivo. As ordens para queimar ônibus estariam sendo dadas por telefone por presos do PCC que estão na Nelson Hungria, conforme informação repassada pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.
Na tentativa de fazer uma “limpa” na penitenciária, e suspender os ataques, homens da Secretaria de Estado de Defesa Social voltaram a fazer na quinta-feira uma varredura na Nelson Hungria.
O Comando da Polícia Militar alega que os ataques são um ato de vandalismo. Entretanto, as investigações feitas pela Polícia Civil apontam como responsável pelo incêndio a um ônibus da Linha Ipê Amarelo, em Nova Contagem, na terça-feira, Eliza Camões Batista, 50 anos, mulher de um preso que faria parte do PCC e que está na Nelson Hungria.
O nome do detento não foi divulgado para não atrapalhar as investigações. Na casa da mulher, os militares encontraram três tabletes de maconha e um celular com telefones de pessoas do Rio de Janeiro e São Paulo.
Um dos ataques a ônibus na noite de quarta-feira ocorreu em Vespasiano e outro em Belo Horizonte. Os criminosos renderam os motoristas e cobradores e, em seguida, atearam fogo nos veículos, que ficaram parcialmente destruídos. “Caso a diretoria da Penitenciária Nelson Hungria não fosse trocada, a repressão iria continuar”, esta era uma das frases de um bilhete deixado no ônibus que queimou no Bairro São Luiz. Outro trecho do bilhete dizia: “se continuar nos reprimindo vamo bota (sic) fogo nos ônibus e vamos matar”.
De acordo com o assessor de comunicação da PM, capitão Gedir Rocha, designado pela Seds para falar sobre os crimes, as ações estão sendo tratadas como casos isolados de vandalismo, apesar dos indícios de que tenham relação com as operações na Nelson Hungria. “A polícia trabalha com quatro fatos de vandalismo isolados. Eles estão sendo investigados pelo nosso setor de inteligência e pela Polícia Civil. A carta será periciada e poderá ajudar a esclarecer os fatos”, diz o militar.
Homens armados atearam fogo em um ônibus em Contagem na quarta-feira. )Crédito: Carlos Roberto)
Geraldo Alckmin disse que compra será investigada.
Veículo comprado há sete meses custou quase R$ 100 mil.
O comandante-geral da Polícia Militar (PM) de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, suspendeu o uso do utilitário esportivo de luxo Captiva, comprado pela corporação por R$ 92,9 mil, até que o governo do Estado avalie a real necessidade do automóvel, informou hoje o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disse que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) estudará a questão e elogiou Camilo, destacando que ele é "extremamente dedicado e corretíssimo".
"Ele (Camilo) abriu mão hoje (do uso do carro), até que seja avaliada a questão de utilização do veículo oficial e o tipo de veículo utilizado", disse Alckmin, após participar de evento de divulgação da campanha de 2011 da vacinação contra a gripe. "Essa questão específica vai ser verificada, o procedimento, o protocolo, de acordo com as funções do governo. Depois, o secretário de Segurança (Antônio Ferreira Pinto) vai explicar."
Em outubro, o comandante-geral da PM comprou por R$ 2,8 milhões um Captiva para uso dele e 61 Vectras, que transportam os coronéis. O Captiva é mais luxuoso do que os automóveis usados pelo governador de São Paulo, Vectra ou Corolla. A legislação sobre o uso de veículos oficiais estabelece uma hierarquia - quanto maior o cargo, mais caro o automóvel que pode ser usado. Alckmin ressaltou ainda que não vê necessidade de usar carros blindados. "O Palácio dos Bandeirantes tinha um grande número de veículos blindados, que são mais caros. Então, abrimos mão. Ninguém pode usar carro blindado, que é mais caro."
Comissão apura agressão a presos em operação na Nelson Hungria A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai ouvir, na próxima segunda-feira (2/5/11), às 14h30, representantes da Defensoria Pública de Contagem sobre a situação de presos que teriam sido feridos durante operação realizada na Penitenciária Nelson Hungria para apreender celulares em poder de detentos. O anúncio foi feito pelo presidente, deputado Durval Ângelo (PT), em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (27), quando esperava-se ouvir as defensoras Marina Lage Pessoa e Márcia Valéria Valle sobre o assunto. O deputado informou, contudo, que elas ainda não concluíram o levantamento das condições dos presos. A operação envolvendo os celulares teria sido realizada pela nova direção da unidade, deixando vários detentos feridos nesta terça-feira (25). O presidente da comissão fez um relato dos últimos acontecimentos envolvendo a Penitenciária Nelson Hungria, cuja direção anterior foi trocada pelo Estado no último sábado (23), devido a suspeitas de envolvimento em corrupção e irregularidades. Segundo o parlamentar, essa operação de troca, sigilosa, estaria prevista para ocorrer na segunda-feira (25), mas foi antecipada para o sábado por ter havido vazamento da informação. Durval Ângelo disse ter recebido dois telefonemas revelando que agentes penitenciários contrários à substituição da direção estariam incentivando uma rebelião dos presos para ter início na noite de domingo (24), após a visita de familiares. Diante das consequências que o movimento poderia ter, o parlamentar relatou que era seu dever entrar em contato com as autoridades da área de segurança do Estado, o que levou à antecipação da operação. Mensagem por celular - Quanto à apreensão de aparelhos de telefone em poder de presos, Durval Ângelo disse ter recebido, mesmo após essa operação, telefonemas e mensagens de presos informando que a vistoria nos pavilhões e celas teria deixado vários feridos, alguns gravemente. "Ou continua a compra de celulares na unidade ou algum aparelho estava bem escondido", registrou o parlamentar. Na reunião ele leu uma das mensagens dos presos, dando detalhes de números de celas e de pavilhões afetados e dizendo que a operação não teria sido realizada em função da troca da direção e sim "para bater, espancar e tirar pertences", deixando muitos presos machucados e sem roupa de cama. "A intervenção na penitenciária, com a troca da direção, era necessária e uma reivindicação nossa. Só não podemos admitir nenhum tipo de violência", afirmou o parlamentar. Notícias - Na fase em que presentes podem usar o microfone, Margareth Freitas, mãe de um dos presos da Nelson Hungria, relatou ter ficado por 30 horas na porta da unidade na tentativa de ver o filho, que teria sido gravemente ferido na operação. Em contato feito por celular durante a reunião, junto às defensoras que estão na Nelson Hungria levantando a situação de todos os presos, o deputado foi informado de que o filho de Margareth não fez parte do grupo de dez presos encaminhados a exame de corpo delito nesta quarta, porque estava bem. Testemunha - Também falou o coordenador do Movimento de Apoio às Vítimas de Abusos Sexuais do Clero Brasileiro, Francisco José Gomes Filho, que teve pedido de entrada no Programa de Proteção a Testemunhas recusado pelo governo federal. Ele solicitou o reexame do pedido diante de fato recente. Citando duas ações, uma em Juiz de Fora e outra em Belo Horizonte, mas sem dar detalhes por estarem sob segredo de justiça, ele relatou ter sido abordado, no hotel em que trabalha em Ponte Nova, por um falso casal que se passou, ele, por policial e, ela, por advogada. A dupla teria combinado um encontro para levá-lo a um suposto depoimento relacionado ao programa de proteção. Ele contou ter desconfiado de que poderiam ser pessoas ligadas ao clero e avisou a Polícia Civil, tendo sido registrada ocorrência policial. O homem, segundo ele, foi detido e já teria passagens pela Polícia. O deputado pediu cópia da ocorrência. Presenças - Deputado Durval Ângelo (PT), presidente. Também estiveram presentes na reunião o defensor Gustavo Gorgozinho, da Defensoria Pública de Minas Gerais, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, William Santos.
No entanto, com o homem não foram encontrados drogas, armas ou grande quantidade de dinheiro
Gabi Santos - Repórter - 28/04/2011 - 17:00
A Polícia Civil prendeu um homem apontado como chefão de um grupo de tráfico de drogas que contava com pelo menos 80 traficantes, distribuídos em quatro quadrilhas, que vendiam crack na Zona Norte da capital e em oito cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e interior do Estado. O suspeito, identificado como Nilton César Viana, 38 anos, foi preso quando bebia cervejas em um bar na cidade de Piúma, no litoral do Espírito Santo, onde estava hospedado em uma pousada.
Ele é acusado, em inquérito, de ser um "empresário" do tráfico que comandava a grande quadrilha mantendo gerentes para cada grupo. Conhecido como "Capão", o homem foi preso para o cumprimento de um mandado de prisão temporária de 30 dias e está recolhido no Ceresp do Bairro São Cristovão, na Zona Noroeste de Belo Horizonte.
"Capão" é apontado como comandante da super quadrilha que foi alvo de um grande cerco da Polícia Civil, no dia 19 de abril, durante a realização da Operação Vento Norte, quando 56 supostos integrantes desse grupo foram presos por força de prisões temporárias decretadas pela Justiça. No inquérito existem denúncias de que a "gangue do Capão", como era conhecida a quadrilha de tráfico de drogas, estava vendendo cerca de 20 quilos de pedras de crack por semana, nas áreas onde atuava.
Nilton César alegou inocência e disse que trabalha ''vendendo galinhas'' (Foto: Maurício de Souza)
A delegada Gislaine Oliveira Rios, que preside o inquérito, disse que a droga era comprada, já preparada para a venda, em São Paulo e no Espírito Santo, e os traficantes tinham como base do tráfico o Bairro São João Batista, na Região Norte de BH. A polícia não informou a movimentação financeira do grupo. Ao ser procurado para falar sobre essas acusações, Nilton César Viana se disse inocente e que está desempregado. Perguntado sobre como conseguiu dinheiro para passar vários dias em uma praia do Espírito Santo, durante o feriado da Semana Santa, ele alegou que trabalha com pequenos serviços e "vendendo galinhas", segundo afirmou.
Ele foi indiciado por crime de tráfico e associação para o tráfico de drogas e, se for a julgamento pela Justiça, poderá ser condenado a mais de seis anos de prisão.
Policiais do 1º Departamento da Polícia Civil que trabalham no caso contaram que "Capão" é um homem que, apesar do seu envolvimento com o tráfico em larga escala, procura não ostentar riqueza com joias, roupas finas e objetos caros, não dispensando, entretanto, automóveis novos. Ele teria repassado para nomes de parentes e de conhecidos várias propriedades que teria comprado com dinheiro proveniente do crime e, além de não fazer uso de drogas, não anda armado e com buchas de crack ou maconha nos bolsos.
No dia em que foi preso, em Piúma, ele estava em companhia de amigos e possuía pouco dinheiro. Nas buscas feitas no apartamento que ele ocupava a polícia não encontrou drogas, armas ou grandes quantias em dinheiro. Apesar de suas alegações de inocência, o suspeito é apontado como o líder dos quatro grupos de traficantes, delegando poderes para gerentes, alguns deles já presos. Ele é apontado, também, como suspeito de ser mandante de vários assassinatos na Zona Norte e cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Já chega a quatro o número de ônibus incendiados em Belo Horizonte e Região Metropolitana em menos de 48 horas. Em um dos coletivos alvo do vandalismo, na noite de quarta-feira (27), no Bairro São Luís, na Região da Pampulha, foi deixada uma carta com ameaças.
Segundo a Polícia Militar, dois homens chegaram em uma moto ao ponto final da linha 5401 (São Luís/Dom Cabral) e perguntaram aos funcionários a que horas sairia o carro. Logo após a pergunta, um deles sacou uma pistola calibre 380 e mandou que o motorista e o cobrador descessem do coletivo.
Eles jogaram uma garrafa pet cheia de gasolina no painel do veículo e atearam fogo. Antes de fugir em direção à Avenida Otacílio Negrão de Lima, a dupla ameçou os funcionários, caso o fogo fosse apagado, e disse conhecer onde o motorista mora.
Uma carta foi deixada com os dizeres "se continuar nos reprimindo vamos bota (sic) fogo nos ônibus e vamos matar". Os militares acreditam que a ameaça é relativa às operações de pente-fino realizadas na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, no início da semana. Ninguém foi preso.
Outros ataques
Também na noite de quarta-feira (27), um ônibus foi incendiado no Bairro Gávea II, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na terça-feira, um coletivo foi atacado em Contagem, na Grande BH, e outro, no Bairro Coqueiros, Região Noroeste de Belo Horizonte.
As imagens mostram um detento provocando um policial. Após a brigar começar, o policial apanha até cair no chão. Momentos depois, outros policiais apartam a briga.
Vinte e seis presos fugiram, na madrugada desta terça-feira (26), do presídio de Valparaíso, no entorno do Distrito Federal. De acordo com o Comando da Polícia Militar, os detentos estavam em apenas uma cela e conseguiram escapar por um buraco na parede. A fuga só foi percebida pelos agentes penitenciários hoje pela manhã, quando foi realizada uma contagem de presos. A PM está em busca dos foragidos, mas até o início deste tarde ninguém havia sido recapturado.
Em entrevista à CBN Goiânia nesta terça-feira, o secretário estadual de Segurança Pública, João Furtado Neto, afirmou que a superlotação é um dos principais problemas do Estado. A afirmação foi feita dois dias após a tentativa de fuga de detentos do 4º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia. Esta foi a terceira tentativa em menos em três meses. Para o secretário, faltou, ao longo do tempo, uma gestão mais eficiente que garantisse a construção de novas unidades prisionais. De acordo com levantamento realizado pela reportagem, as delegacias de Goiás têm capacidade para abrigar 120 presos, mas possuem 326. Todas as delegacias especializadas de Goiânia também estão superlotadas. Segundo João Furtado, nesta semana terá início a construção de um novo espaço na Casa de Prisão Provisária (CPP) com capacidade para 128 presos. No entanto, a necessidade é de espaço para abrigar pelo menos 900. Com capacidade para 300 detentos, local abriga atualmente com 1,3 mil.
Conforme é possível constatar no holerite disponível no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (www.fazenda.sp.gov.br), o governo efetuou o pagamento referente ao retroativo do adicional de insalubridade.
No entanto, o referido valor não corresponde àquilo que é de direito da categoria, já que consta apenas o retroativo dos meses dezembro 2010 e janeiro e fevereiro de 2011.
Em março de 2011, depois de 14 meses sem o reajuste da insalubridade, o governo resolveu reajustar os valores do adicional dos agentes de segurança penitenciária (ASP), agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVP) e outros servidores do sistema que também recebem a insalubridade.
No entanto, resta ainda ao governo efetuar o pagamento retroativo referente aos meses de janeiro a novembro de 2010, onde a insalubridade também ficou congelada por determinação do próprio governo do Estado, na época exercido por José Serra (PSDB).
Assim, o Departamento Jurídico do Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), por meio do advogado Jelimar Salvador, que já havia ingressado com ações de grupo e coletiva para exigir o descongelamento do pagamento e sua devida atualização de acordo com o salário mínimo, continuará com as ações para exigir na Justiça as diferenças não pagas.
Vale ressaltar que, embora as ações tenham perdido o objeto parcial, não perderam seu trâmite normal. Elas continuarão tramitando parcialmente e visando que o governo efetue o pagamento retroativo aos meses congelados.
Direitos reservados. É permitida a reprodução da reportagem em meios impressos e eletrônicos, somente com a citação do crédito do jornalista e da Instituição Sindasp-SP (sob pena da Lei 9.610/1998, direitos autorais).
Armas ilegais estão entrando facilmente no Brasil por meio de um esquema que se utiliza de motoboys. A informação é da reportagem de Graciliano Rocha publicada na edição desta quinta-feira da Folha.
A íntegra está disponível para assinantes da Folha e do UOL.
A reportagem comprou revólver e munição no Paraguai e motoqueiro entregou no Brasil. O entregador não foi abordado na ponte da Amizade.
Joel Silva/Folhapress
Mototaxista chega coma arma comprada no Paraguai; ao lado, repórter recebe o revólver em frente a hotel no Paraná
Suspeita de envolvimento em quatro homicídios e duas tentativas de homicídio, além de outros crimes, a advogada Heloísa Borba Gonçalves, 61, é alvo da maior recompensa já oferecida pelo Disque-Denúncia --qualquer pista sobre seu paradeiro será recompensada com R$ 11 mil.
A desconfiança de seu envolvimento com a morte de dois de seus ex-maridos e de um companheiro rendeu à advogada o apelido de viúva-negra --tipo de aranha que mata o macho após a cópula.
Mãe de seis filhos, a advogada foi casada quatro vezes. O primeiro marido a morrer assassinado, o securitário Irineu Duque Soares, foi morto a tiros em 1983, no meio da rua, em Magé, ao lado de Heloísa.
Divulgação
Ela foi denunciada pela morte de outro marido, Jorge Ribeiro, assassinado em 92, é a principal suspeita da morte do ex-namorado Wargih Murad e do pedreiro que o acompanhava na ocasião, em 1993; é suspeita ainda de tentar matar o filho de Wargih, Elie Murad, e de mandar matar Luiz Marques da Mota, detetive por ele contratado para investigar a morte do pai.
Heloísa teve ainda como companheiro e pai de alguns dos seus filhos Carlos Pinto da Silva, que também já foi denunciado por ter praticado crimes patrimoniais em concurso com ela. Em uma viagem a Salvador, Silva foi alvejado por disparos de arma de fogo, acompanhado de Heloísa. Ao prestar depoimento, ele apontou a advogada como possível mandante, voltando atrás um tempo depois.
Após a tentativa de homicídio, Elie Murad começou a investigar a vida da ex-namorada do pai. Descobriu que Heloísa já havia sido condenada por falsidade ideológica e bigamia: ele encontrou duas certidões de casamento realizados na mesma época. Um dos maridos, Nicolau Saad, teve vários imóveis de seu patrimônio transferidos para os filhos de Heloísa pouco após sua morte --que aconteceu um ano após o casamento.
O Disque-Denúncia recebeu, até agora, 11 ligações com informações variadas sobre o paradeiro da viúva-negra.
Criado em dezembro de 2008 em parceria com a secretaria de Segurança, o programa Procurados já ajudou a prender 15 acusados. Todas as recompensas oferecidas hoje, somadas, chegam a R$ 100 mil.
As recompensas por denúncias variam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, dependendo da periculosidade do acusado.
Segundo o Disque-Denúncia, em alguns casos a recompensa é mais elevada porque há pessoas interessadas em contribuir com o pagamento. É o caso de Heloísa. A família de seu ex-namorado ofereceu mais R$ 9 mil para quem der pistas sobre a mulher, que está foragida.
Em dezembro do ano passado, o órgão pagou R$ 10 mil pela prisão do assaltante de joalheira Wellington Fernandes de Freitas, o Manteiguinha.