quarta-feira, 29 de junho de 2011

Deputado quer CPI para investigar extorsão


Solicitação precisa passar por aprovação na ALMG; advogado da juíza Maria José Starling diz que tudo não passa de fofoca
Publicado no Super Notícia em 29/06/2011
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FELIPE REZENDE E FLÁVIA M. Y MIGUEL
falesuper@supernoticia.com.br


FOTO: FOTOS ALEX DE JESUS
Durante a audiência, o goleiro Bruno Fernandes teve lugar na mesa da Comissão de Direitos Humanos
FOTOS ALEX DE JESUS
Durante a audiência, o goleiro Bruno Fernandes teve lugar na mesa da Comissão de Direitos Humanos
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Após os depoimentos do advogado Cláudio Dalledone, do goleiro Bruno Fernandes e de sua noiva, Ingrid Oliveira na manhã de ontem na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos, recebeu a solicitação de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O pedido foi apresentado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT).
De acordo com Durval Ângelo, as denúncias feitas contra a juíza Maria José Starling, acusada de tentar extorquir a quantia de R$ 1,5 milhão para conceder o habeas corpus ao atleta, contra alguns advogados e também contra o delegado Edson Moreira devem ser apuradas com rigor. "São muito sérias e precisam ser apuradas com urgência e seriedade", disse o deputado que preside a Comissão de Direitos Humanos. O requerimento de CPI precisa ainda passar por comissões e ser aprovado em plenário.
O advogado da juíza Maria José Starling, Getúlio Queiroz afirmou que a juíza mantém a cabeça erguida e tudo não passa de "fofoca" do deputado Durval Ângelo. Já o chefe do departamento de Investigações da Polícia Civil, Edson Moreira, não comentou a acusação.
Ministério PúblicoDurante o depoimento na comissão, Ingrid afirmou que, em uma reunião no final de 2010, teria dito ao promotor de Justiça Gustavo Fantini que a magistrada se ofereceu para dar apoio para a liberação do acusado. No entanto, Fantini negou que a noiva do goleiro tenha feito qualquer denúncia contra a conduta da juíza Maria José Starling ao Ministério Público. Por meio da assessoria, Fantini confirmou o encontro com Ingrid, mas negou que o assunto tenha sido tratado.
Ao final da assembleia, o advogado de Bruno, Cláudio Dalledone afirmou que Ingrid foi vítima de uma "ação criminosa". O defensor disse ainda que ela é "ingênua" e "não passa de uma menina". O goleiro Bruno saiu sem falar com a imprensa, mas contou que "foi bom desabafar um pouco".
Falas de Bruno na audiência
"Ela passava palavras de apoio. Falou que isso tudo estava terminando, que iria acabar logo"
Em conversa a sós com a juíza Maria José durante audiência
"O Robson se referia à juíza como a ‘amiga’, por causa da presença dos agentes. Dizia que ela ia ajudar e que tinha me mandado livros"
Sobre as visitas de Robson Pinheiro
"O Edson Moreira queria R$ 2 milhões para eu jogar a culpa em cima do menor e do Macarrão. Eu recusei"
Sobre uma suposta extorsão por parte do chefe das investigações
"Em seguida, vieram as ameaças. Ele perguntou o que eu acharia se encontrasse pedaços da minha filha espalhados por Minas"
Sobre o delegado Edson Moreira
"A senhorita Eliza saiu da minha casa viva. Não passou pela minha cabeça que ele iria fazer alguma coisa da senhorita Eliza"
Sobre a morte de Eliza e a participação de macarrão no crime
"Por que não procuram ela viva? Por que não colocam uma escuta na família dela? Quem é essa garota? Ex-modelo? Que modelo?"
Sobre Eliza Samudio

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