Graziela Rezende e Edivaldo Bitencourt
Criminosos de alta periculosidade e líderes do crime organizado, presos no Presídio Federal de Campo Grande, vão receber um kit com brindes de Páscoa. A medida de presenteá-los com chocolate, bolo e refrigerante começou neste ano e vai ser estendida a outras duas datas comemorativas, Dia dos Pais e no Natal.
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Segundo o diretor substituto da unidade, Rodrigo Almeida Morel, o "kit delícias" tem o objetivo de melhorar a segurança do local. Hoje e amanhã, os internos vão receber um kit com 500 gramas de chocolate (uma barra), quatro litros de refrigerante e um pedaço de bolo. Já aqueles que não recebem visitas, terão direito a ¼ da alimentação.
“Antigamente, parentes traziam a comida em dias especiais e para dividir com até três visitantes. No entanto essa medida garante a isonomia entre eles e melhora a segurança. A alimentação é entregue somente na Páscoa, Dia dos Pais e Natal, de acordo com a portaria 486/2010, do Depen (Departamento Penitenciário Nacional)”, afirma Morel.
Os kits custam R$ 20 a unidade e fazem parte de uma licitação pública, realizada com a empresa de alimentação responsável. Por medida de segurança, o diretor não repassou o número de detentos que a unidade possui atualmente, das 220 vagas disponíveis.
O caso revoltou um leitor do Campo Grande News, que revelou que o kit inclui 500 gramas de carne para cada preso. No entanto, Morel não confirmou a carne.
Traficantes - No Presídio Federal só estão líderes do crime organizado, de facções criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital), de grupos criminosos do Rio de Janeiro e acusados de comandar rebeliões nos presídios do Maranhão.
Entre os presos está um dos chefes do tráfico de drogas do Rio de Janeiro (RJ), Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Recentemente o seu nome voltou a ser exposto na mídia, já que a sua mulher foi presa no bairro Piratininga, em Campo Grande. Danúbia Rangel possuía um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Conforme as investigações, Danúbia alternava estadias no Rio de Janeiro e em Campo Grande, para visitar o esposo. Investigações apontaram que a função dela era repassar as orientações do “chefe do bando” para os demais membros da quadrilha na comunidade da Rocinha.
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