A Operação Delegada, conhecida como "bico oficial" dos policiais militares para combater o comércio ambulante irregular na cidade de São Paulo, está suspensa na região da Mooca desde terça-feira. A previsão de volta é só na próxima terça, dia 29. A Prefeitura e o governo estadual, ambos responsáveis pela ação, culparam um ao outro pela falta de policiamento.
Segundo a Prefeitura, "por motivos internos da Polícia Militar", não está prevista escala de policiais durante o período. A corporação rebate: "Não houve problema interno. O corte orçamentário determinado pela administração municipal comprometeu de imediato a capacidade de escalar policiais, provocando momentaneamente o problema na região".
O convênio entre a Prefeitura e o governo do Estado para dar continuidade à operação está sendo renovado e prorrogado por mais dois anos, segundo o Diário Oficial de ontem. O valor destinado à atividade será reduzido de R$ 8,2 milhões para R$ 6,2 milhões.
"O valor leva em conta a média da despesa efetivamente realizada com a operação, tendo em vista variações mensais e o não preenchimento da totalidade de vagas pela PM", afirmou a Prefeitura. O secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Teixeira Porto, afirmou ser perceptível, desde o ano passado, "que a PM não consegue preencher todas as vagas".
Embora disponha atualmente de 2.135 vagas, em março havia apenas 1.376 agentes inscritos no programa voluntário. A polícia diz que, quando começar a vigorar o novo convênio, "a operação voltará a contar com o contingente adequado à nova realidade orçamentária".
A falta de PMs na Mooca foi relatada pela Associação de Lojistas do Brás (Alobrás). "A região volta a sofrer com a desordem urbana, o que resulta na volta dos ambulantes ilegais, no aumento da violência", afirma a associação, em nota.
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