quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

EM JUIZ DE FORA - Agentes de escolta cruzam os braços por 24 horas



CATEGORIA QUER DIREITO DE PORTAR ARMA MESMO FORA DO HORÁRIO DE SERVIÇO


Os cerca de 80 agentes penitenciários lotados na Central Integrada de Escolta do Sistema Prisional cruzaram os braços por 24 horas nesta quarta-feira (30) em protesto ao veto presidencial no Projeto de Lei 87/2011, que prevê aos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais o direito de portar arma de fogo, mesmo fora de serviço. A manifestação pacífica aconteceu na sede da unidade, no Bairro Vitorino Braga, Zona Sudeste, e segue orientação do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária (Sindasp) de Minas Gerais e da Federação Nacional da categoria. De acordo com o coordenador da central, Raphael Reis, cerca de 20 escoltas agendadas deixaram de ser feitas hoje, mas os casos de urgência e emergência foram atendidos.
"A coordenação vê com bons olhos a paralisação de advertência. A insatisfação é muito grande por esse cerceamento do nosso direito de autodefesa." Para um dos diretores estaduais da regional Zona da Mata do Sindasp, Rodrigo Praxedes Vieira, "o veto ao projeto de lei contrariou o interesse público". Outro representante do sindicato, Everaldo Márcio, pediu a compreensão da população e disse que pode haver indicativo de greve por tempo indeterminado no final de fevereiro. A categoria também reivindica aposentadoria especial e apoio psicológico aos agentes e seus familiares.

Também diretor do Sindasp, Luciano Pipa Lins falou da importância em obter o porte de arma fora do serviço. "Lidamos 24 horas com aqueles que estão privados de liberdade, e o fato de sempre estarmos cobrando disciplina e ordem causa insatisfação, que pode refletir em ameaças e atentados às nossas vidas e de familiares. Fato esse já ocorrido em Juiz de Fora", disse o agente, lembrando crimes do final de outubro no Bairro São Benedito, Zona Leste. Na época, a residência de um casal de agentes penitenciários foi atingida com, pelo menos, 28 tiros de pistolas calibres 380 e 9mm. Já a casa de outro trabalhador do sistema prisional, foi alvo de, no mínimo, quatro disparos.
O coordenador da Central de Escolta fez coro: "Já fazemos parte do contexto de segurança pública e é necessário que tenhamos o porte para resguardarmos nossa vida e de nossa família. Existem várias ocorrências de presos contra agentes e temos um temor muito grande devido ao aumento de homicídios em Juiz de Fora."
FONTE: TRIBUNA DE MINAS

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