sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bombeiros e policiais militares querem piso salarial de R$ 4 mil


 



Bombeiros e policiais militares reivindicam piso salarial de R$ 4 mil. Em reunião realizada pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta quinta-feira (5/5/11), lideranças de entidades representativas da categoria cobraram reajuste salarial como forma de valorização profissional. O piso salarial dos militares do Estado é de R$ 2.041, valor do vencimento pago aos soldados em início de carreira.
No ranking das remunerações dos policiais militares do País, Minas Gerais ocupa a 17a posição, quando se considera o salário pago aos soldados. Quando se considera o salário dos oficiais, o Estado sobre para a 12a posição, segundo o presidente da Associação dos Oficiais, major Márcio Ronaldo de Assis. O piso dos oficiais é de R$ 4,3 mil, pagos a quem tem a graduação de 2o-tenente.
A reclamação comum a todas as lideranças que participaram da reunião é de desvalorização profissional, tendo em vista que Minas Gerais é o Estado com a terceira maior arrecadação do País. "Não consigo entender como conseguimos ganhar menos que os policiais do Piauí e do Maranhão", lamentou o vereador Cabo Júlio (PMDB). Segundo ele, os soldados da Polícia Militar do Distrito Federal ganham mais que os tenentes de Minas Gerais.
Cabo Júlio falou do sentimento de frustração e desespero que aflige muitos profissionais da Polícia Militar. Segundo ele, o número de suicídios de servidores da corporação tem aumentado sensivelmente nos últimos meses. "Somos uma classe sofrida. Muitas vezes o policial morre sem saber por quê. Esta é uma característica da nossa profissão", afirmou.
Além dos baixos salários e dos riscos inerentes à profissão, tanto bombeiros quanto policiais militares reclamam da sobrecarga de trabalho e das condições de vida precárias. Segundo o presidente do Centro Social dos Cabos e Soldados, cabo Álvaro Rodrigues Coelho, muitos ainda moram em favelas. "Queremos um salário digno para podermos chegar na MRV e comprar um apartamento para morar onde quisermos", pediu.
Outra reivindicação da categoria é a paridade salarial entre servidores da ativa e os inativos. As entidades de classe repudiam o pagamento do bônus de produtividade apenas para os militares da ativa, como propõe o governo. "Se há dinheiro para pagar esse bônus, haverá também para pagar um abono compensatório para o pessoal da reserva", cobrou o presidente da União dos Militares de Minas Gerais, coronel César Braz Ladeira.
Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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