Conforme o MPF, os policiais cobraram propina para liberar veículos e condutores supostamente irregulares
Cinco policiais rodoviários federais que atuavam nas cidades de Milagres e Icó, no Ceará, foram afastados de suas funções e estão sendo investigados por corrupção ativa e formação de quadrilha, crimes cometidos durante o trabalho que realizavam na BR-116.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), que ingressou uma ação penal contra os policiais, durante vários anos os policiais cobraram propina para liberar veículos e condutores supostamente irregulares, na maioria em abordagens a caminhões.
A Promotoria de Juazeiro do Norte afirma que o grupo chegou a adotar uma espécie de "pacote promocional" de corrupção, no qual se acertava o pagamento de um valor fixo mensal para não mais fiscalizar veículos de algumas empresas ou então não cobrar propinas - que chegavam a até R$ 1 mil - toda vez que algum destes veículos ocasionalmente fosse parado.
No inquérito instaurado para investigar o caso, constam inúmeras provas das práticas de corrupção e formação de quadrilha. Entre essas provas estão comprovantes de depósitos bancários e e-mails com informações sobre pagamentos feitos aos agentes. Caso sejam condenados, os policiais serão exonerados e correm o risco de cumprir pena de até 24 anos de prisão.
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