sexta-feira, 28 de março de 2014

Um dos agentes dopados durante assalto em Neves está desaparecido


Hoje em Dia
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Eugênio Moraes/Hoje em Dia
Um dos agentes dopados durante assalto em Neves está desaparecido
Nove agentes de segurança foram dopados no paiol de armas em Ribeirão das Neves
Um dos nove agentes penitenciários dopados no episódio do roubo de armas na Central Integrada de Escoltas de Ribeirão das Neves, na Grande BH, está sumido há pelo menos três dias. Trata-se do servidor que preparou e serviu a salada de frutas aos colegas. Uma das possibilidades investigadas é que o alimento tenha sido adulterado para dopar a equipe que fazia a segurança do depósito de armas do Estado. A informação é de uma fonte ligada às forças de segurança do Estado.
Não há informações sobre o que teria acontecido com o agente. Questionada, a fonte policial não negou ou confirmou duas hipóteses para o desaparecimento: ele teria sido morto em uma suposta queima de arquivo ou fugido com medo. Conforme o Hoje em Dia mostrou na edição da última quinta-feira (27), os funcionários públicos, afastados das atividades por 30 dias, temem serem assassinados.
O suposto desaparecimento aumenta o temor entre eles. “Ouvimos o boato de que ele está sumido, mas não sabemos o que aconteceu”, comentou um dos colegas.
A reportagem tentou falar com o servidor supostamente desaparecido pelo celular dele, mas o aparelho estava desligado. No domingo, conforme um dos agentes, o agente contou ter perdido o chip do telefone. Segundo os companheiros, ele é brincalhão, mas não havia intimidade entre ele e os demais membros do grupo. “Não sei nada sobre o seu passado”, afirmou o informante.
LOCAL DESCONHECIDO
O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de MG, Adeílton de Souza Rocha, disse que não há informações oficiais sobre o suposto sumiço. “Tanto a Subsecretaria de Administração Penitenciária e a Polícia Civil disseram não terem sido comunicadas pela família sobre um possível desaparecimento. Ele pode ter se recolhido com os entes em um local desconhecido, até receber a notificação, por telegrama, de comparecimento à Corregedoria”, afirmou. Ele também tentou contato com o agente, sem sucesso.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social informou que, conforme a Polícia Civil, não houve registro do sumiço. Para que o caso seja investigado, a família deve formalizar o desaparecimento junto às autoridades. Como o inquérito está iniciando, os agentes, mesmo afastados, podem sair de sua localidade, como, por exemplo, fazer viagens.
O órgão também disse que a Subsecretaria de Administração Prisional reitera que desconhece ameaças aos agentes e informou que nenhum dos servidores solicitou qualquer tipo de proteção por parte da pasta.
Em entrevista ao Hoje em Dia, um dos agentes que estavam no último domingo na área onde são guardadas as armas contou que nem todos os colegas jantaram a ‘quentinha’ preparada na cozinha do Presídio Antônio Dutra Ladeira, ao lado do paiol. Porém, o grupo comeu uma salada de frutas preparada por um dos colegas. Ele garantiu que esse foi o único alimento comido em comum por todos os plantonistas. Uma fonte ligada aos agentes especulou na última quinta-feira (27) que a própria água poderia ter sido “batizada”.
 

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