RIBEIRÃO DAS NEVES
Anastasia não descarta participação de agentes em roubo de armas
Governador afirmou que tem muitas dúvidas sobre o caso e que as investigações seguem com rigor
PUBLICADO EM 28/03/14 - 20h12
O governador Antonio Anastasia afirmou que o envolvimento de agentes penitenciários no roubo das armas da Central de Escoltas de Ribeirão das Neves não está descartado. Em entrevista concedida à rádio Itatiaia na manhã desta sexta-feira (28), o chefe do Executivo comentou o caso e destacou o rigor nas investigações.
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"Muito estranho este caso. Tenho muitas dúvidas. Isso pode ter vindo de dentro ou de fora do presídio. Vamos investigar e tudo será apurado com rigor", disse o governador durante a entrevista.
Nessa segunda-feira (24), 45 armas foram roubadas da Central Integrada de Escoltas de Ribeirão das Neves, que fica próxima ao Presídio Antônio Dutra Ladeira, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os assaltantes doparam nove agentes penitenciários e levaram 39 pistolas e 6 submetralhadoras, além de 1.344 balas de calibre .40.
Após o crime, os agentes foram afastados do cargo e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) anunciou a instalação de câmeras de monitoramento nas duas Centrais de Escolta do Estado. Até o momento, nenhuma das armas foi localizada.
Entenda o roubo
De acordo com o coronel José Hamilton Campos, da 2ª região da Polícia Militar, os agentes relataram que tomaram suco e comeram salada de frutas por volta de 21h, passando mal cerca de 1h30 depois. O suco foi feito pelos próprios agentes, dentro do prédio, e a salada de frutas foi levada por um deles. Por isso, a participação dos agentes também é investigada.
Segundo o coronel, a ação foi bem planejada, já que os bandidos sabiam quantas armas havia no local e levaram grande parte delas. Não há sinais de arrombamento na central. O roubo foi percebido por outros agentes que pegariam serviço por volta das 7h. O grupo encontrou alguns colegas dormindo e outros se sentido mal e, ao fazer uma verificação na sala de armas, descobriram o crime.
A Polícia Civil foi chamada para fazer inspeção nos alimentos e os agentes passaram por exames de sangue, urina e de lesão corporal, para verificar se houve a ingestão de alguma substância indevida. Não há previsão de quando o resultado dos exames será concluído.
A central dá suporte as unidades prisionais da cidade com a transferência de detentos para outras unidades, hospitais e audiências em fóruns e tribunais e funciona 24 horas por dia. Além de Ribeirão das Neves, apenas em Juiz de Fora, na Zona da Mata, há outra central.
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