O estado de Minas Gerais pode repensar o sistema de monitoramento de criminosos através das tornozeleiras eletrônicas. O dispositivo, que não é inviolável, tem se mostrado ineficaz para impedir a prática de delitos. Até o momento, 15% dos detentos que utilizaram o aparelho descumpriram as normas de segurança pré-estabelecidas.
O subsecretário de Administração Prisional de Minas Gerais, Murilo Andrade de Oliveira, admite que as tornozeleiras não estão mostrando a eficácia esperada. “Se a gente for ver o quantitativo de presos que temos hoje sobre monitoração eletrônica, logicamente vamos ter vários casos de descumprimento. Até o momento, tivemos no estado cerca de 2,3 mil presos monitorados e em torno de 350 descumprimentos, dentre cortes e saídas das áreas permitidas”, informou.
Segundo Murilo Andrade de Oliveira, o governo já estuda, inclusive, a possibilidade de acabar com a utilização das tornozeleiras. “A principio, a gente acha que está dentro das possibilidades de acontecer, uma vez que a tornozeleiras não impede o indivíduo de se deslocar. Ou ele pode cortar a tornozeleiras, uma vez que ela não é inviolável. Então, isso (extinção) pode vir a acontecer com certeza”, informou.
Além da falha operacional da tornozeleiras, o subsecretário também lamenta a postura dos detentos, que apesar de ganharem o benefício optam por continuar na criminalidade. “Infelizmente, o indivíduo, ao invés de procurar emprego, vai cometer delitos. Então, dentro das possibilidades, a gente vai acertando e alinhando para que não venha a acontecer estes fatos”, comentou Murilo Andrade de Oliveira.
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Fonte: Rádio Itatiaia
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Governo admite fracasso no monitoramento de presos com tornozeleira eletrônica
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