Megaoperação prendeu suspeitos no Sul de Minas e em São Paulo acusados de validar carteiras ilegalmente
FOTO: REPRODUÇÃO DA EPTV
No Sul de Minas, seis pessoas foram presas durante a operação; as outras três prisões ocorreram em São Paulo
Megaoperação envolvendo policiais rodoviários federais de Minas, São Paulo, Rio de Janeiro e do Distrito Federal prendeu, ontem, nove pessoas suspeitas de participação num esquema de validação de carteiras de motorista irregulares. Em Minas, aconteceu a maior parte das prisões. As seis detenções no Estado foram nas cidades de Pouso Alegre, Poço Fundo, Ipuiúna e Machado, todas no Sul.
Entre os presos está um cabo da Polícia Militar de Pouso Alegre, que atuava como intermediador do esquema que envolvia motoristas com carteiras bloqueadas e policiais corruptos do Detran de São Paulo. A estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília, e o Ministério Público de São Paulo é com nos últimos três anos, 5.000 carteiras emitidas de maneira fraudulenta foram reabilitadas pela quadrilha, a partir do pagamento de propina. Um prejuízo de R$ 15 milhões para os cofres públicos. "Era um lucro certo para a quadrilha, já que essas carteiras estavam bloqueadas e os motoristas precisavam de renová-las", explicou o delegado Alexandre Castilho, assessor nacional da PRF, em Brasília.
A investigação, feita a partir de uma denúncia, recebeu o nome de Cartas Marcadas numa referência a uma outra operação (Carta Branca), feita em 2008, que revelou a emissão de 30 mil carteiras de habilitação fraudulentas em Minas e São Paulo. Sem passar por qualquer tipo de teste como exames de legislação e provas de direção, os motoristas obtiveram os documentos legítimos. Agora, com a necessidade de renovar os documentos, os motoristas recorreram novamente a golpistas.
Os documentos renovados eram negociados a R$ 3.000 e liberados em menos de 25 dias após a encomenda. Todos teriam sido emitidos pelo Detran-SP.
Ontem, ao vasculharem a casa do funcionário do Detran de São Paulo, Carlos Moroni Filho, os policiais encontraram documentos que comprovariam a fraude. O servidor, lotado na Corregedoria do Detran paulista, foi preso e teve duas armas apreendidas. Na casa da advogada Samira Morelli, dona de uma autoescola de Guarulhos (SP), foram encontradas carteiras de motoristas irregulares e computadores, que serão periciados.
Em Poços de Caldas, Flori Batista de Arruda e o filho dele, Wesley Magalhães, donos de uma autoescola, foram presos. Em Machado, não houve prisões, mas documentos encontrados na autoescola Alfenas foram apreendidos. Os sócios na empresa prestaram depoimento e foram liberados.
As outras três prisões em Minas aconteceram em Poço Fundo e Ipuiúna. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.
Cartas marcadas
- Advogada: no município de Guarulhos, a proprietária de uma autoescola era responsável por intermediar o contato com os policiais civis da Corregedoria do Detran de São Paulo. Eles faziam o desbloqueio das carteiras de habilitação.
- Policial Militar: Em Pouso Alegre, Sul de Minas, o cabo Cleiton Alves Vieira, agenciava motoristas que precisavam do desbloqueio do documento.
Entre os presos está um cabo da Polícia Militar de Pouso Alegre, que atuava como intermediador do esquema que envolvia motoristas com carteiras bloqueadas e policiais corruptos do Detran de São Paulo. A estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília, e o Ministério Público de São Paulo é com nos últimos três anos, 5.000 carteiras emitidas de maneira fraudulenta foram reabilitadas pela quadrilha, a partir do pagamento de propina. Um prejuízo de R$ 15 milhões para os cofres públicos. "Era um lucro certo para a quadrilha, já que essas carteiras estavam bloqueadas e os motoristas precisavam de renová-las", explicou o delegado Alexandre Castilho, assessor nacional da PRF, em Brasília.
A investigação, feita a partir de uma denúncia, recebeu o nome de Cartas Marcadas numa referência a uma outra operação (Carta Branca), feita em 2008, que revelou a emissão de 30 mil carteiras de habilitação fraudulentas em Minas e São Paulo. Sem passar por qualquer tipo de teste como exames de legislação e provas de direção, os motoristas obtiveram os documentos legítimos. Agora, com a necessidade de renovar os documentos, os motoristas recorreram novamente a golpistas.
Os documentos renovados eram negociados a R$ 3.000 e liberados em menos de 25 dias após a encomenda. Todos teriam sido emitidos pelo Detran-SP.
Ontem, ao vasculharem a casa do funcionário do Detran de São Paulo, Carlos Moroni Filho, os policiais encontraram documentos que comprovariam a fraude. O servidor, lotado na Corregedoria do Detran paulista, foi preso e teve duas armas apreendidas. Na casa da advogada Samira Morelli, dona de uma autoescola de Guarulhos (SP), foram encontradas carteiras de motoristas irregulares e computadores, que serão periciados.
Em Poços de Caldas, Flori Batista de Arruda e o filho dele, Wesley Magalhães, donos de uma autoescola, foram presos. Em Machado, não houve prisões, mas documentos encontrados na autoescola Alfenas foram apreendidos. Os sócios na empresa prestaram depoimento e foram liberados.
As outras três prisões em Minas aconteceram em Poço Fundo e Ipuiúna. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.
Cartas marcadas
- Advogada: no município de Guarulhos, a proprietária de uma autoescola era responsável por intermediar o contato com os policiais civis da Corregedoria do Detran de São Paulo. Eles faziam o desbloqueio das carteiras de habilitação.
- Policial Militar: Em Pouso Alegre, Sul de Minas, o cabo Cleiton Alves Vieira, agenciava motoristas que precisavam do desbloqueio do documento.
Esquema foi descoberto em 2008
Não é a primeira vez que fraudes na emissão de carteira de habilitação foram flagradas em São Paulo. Em 2008, o Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE/ SP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizaram uma investigação, denominada como operação "Carta Branca" em que o candidato a motorista pagava uma propina no valor de R$1.500 e recebia o documento sem precisar participar das aulas obrigatórias para a concessão da carteira de habilitação.
Durante a apuração do caso, ficou comprovado que alunos da capital de São Paulo, interior do Estado e de Minas Gerais eram os maiores compradores.
Na época, 50 pessoas foram presas por causa do esquema fraudulento. "Ficou comprovado que muitas pessoas eram beneficiadas com a compra das habilitação e no primeiro momento estavam totalmente regulares, já que foram emitidas pelo Detran paulista", explicou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alexandre Castilho.
Segundo Castilho, o público alvo era originário principalmente do interior de São Paulo e região Sul de Minas Gerais.
"Durante as investigações, percebemos que a grande maioria das habilitações eram de pessoas de Minas Gerais, o que aumentou ainda mais a suspeita", disse. (GS)
Durante a apuração do caso, ficou comprovado que alunos da capital de São Paulo, interior do Estado e de Minas Gerais eram os maiores compradores.
Na época, 50 pessoas foram presas por causa do esquema fraudulento. "Ficou comprovado que muitas pessoas eram beneficiadas com a compra das habilitação e no primeiro momento estavam totalmente regulares, já que foram emitidas pelo Detran paulista", explicou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alexandre Castilho.
Segundo Castilho, o público alvo era originário principalmente do interior de São Paulo e região Sul de Minas Gerais.
"Durante as investigações, percebemos que a grande maioria das habilitações eram de pessoas de Minas Gerais, o que aumentou ainda mais a suspeita", disse. (GS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário