Por Valéria Amorim
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Os agentes prisionais encontraram na penitenciária Irmão Guido, um revólver calibre 32, 74 aparelhos celulares, 100 armas artesanais, além de munições, punhais, facas e cordas. A apreensão aconteceu na noite desta terça-feira (27), nos pavilhões B, C, D e Anexo do presídio, que é considerado pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) como o pior do Estado.
Além disso, agentes penitenciários encontraram ainda durante a vistoria uma carta, que dava indícios sobre uma possível rebelião entre os presos. “Ainda não podemos divulgar a carta, mas garantimos que eles estavam se preparando para realizar uma série de motins, rebeliões e resgate de presos em todo o Piauí”, afirma Kleiton Holanda, diretor administrativo do Sinpoljuspi.
Kleiton Holanda afirma que, de acordo com a carta, as rebeliões estavam previstas para acontecer durante o período da Semana Santa e em seguida adiadas para o mês de setembro. “Quando houve o motim na Casa de Custódia em abril, o Sinpoljuspi já havia alertado à Secretaria de Justiça, porém, eles não deram atenção e colocaram culpa na bomba de água que queimou, mas aquilo foi só o pivô. Como a fuga dos presos não deu certo, houve o motim”, disse o diretor administrativo do Sinpoljuspi.
O diretor conta ainda que, a cerca elétrica do presídio está desligada há meses e não há uma tela de proteção no teto dos pavilhões, contribuindo assim para que as armas entrem com mais facilidade e haja mais fugas na penitenciária. “A Irmão Guido tem capacidade para apenas 320 detentos, mas 454 pessoas estão presas lá. No pavilhão D, por exemplo, há presos de alta periculosidade que inclusive tem envolvimento com membros do PCC [Primeiro Comando da Capital] de São Paulo”, disse Kleiton Holanda.
Membros do Sinpoljuspi irão se reunir nesta sexta feira (30) para decidir sobre uma possível greve por tempo indeterminado entre a categoria.
Denúncia
O diretor Kleiton Holanda fez ainda uma denúncia sobre a falta de viatura para transportar presos. Segundo ele, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça doou sete viaturas, mas há 20 dias os veículos estão parados no pátio da Secretaria de Justiça.
“Já solicitamos que as viaturas fossem liberadas, mas a Sejus falou que temos que aguardar por que o Governo vai usá-las em uma propaganda, o que é totalmente irregular, já que além de ser uma necessidade, quem fez a doação foi a União e não o Governo do Estado”, disse Holanda.
O diretor falou ainda sobre a questão da situação dos presídios do Estado. Ele conta que, não há detector de metais, ou qualquer outro tipo de aparelho que possa fazer uma vistoria eficaz nos visitantes ou presos que voltam do regime semiaberto. “Comparada ao presídio de Pedrinhas [MA], a estrutura da Irmão Guido é um chiqueiro”, alerta.
“O sindicato já expôs a situação para a Sejus através de um relatório contendo a atual situação de todos os presídios do Piauí. A secretária de Justiça disse apenas que está resolvendo que é para termos paciência, já o governador não quer nem nos receber, dessa forma o sistema prisional do Estado só piora”, afirma Kleiton Holanda.
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Os agentes prisionais encontraram na penitenciária Irmão Guido, um revólver calibre 32, 74 aparelhos celulares, 100 armas artesanais, além de munições, punhais, facas e cordas. A apreensão aconteceu na noite desta terça-feira (27), nos pavilhões B, C, D e Anexo do presídio, que é considerado pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) como o pior do Estado.
Aparelhos celulares, carregadores de bateria e cordas apreendidas (Foto: Sinpoljuspi)
Além disso, agentes penitenciários encontraram ainda durante a vistoria uma carta, que dava indícios sobre uma possível rebelião entre os presos. “Ainda não podemos divulgar a carta, mas garantimos que eles estavam se preparando para realizar uma série de motins, rebeliões e resgate de presos em todo o Piauí”, afirma Kleiton Holanda, diretor administrativo do Sinpoljuspi.
Kleiton Holanda afirma que, de acordo com a carta, as rebeliões estavam previstas para acontecer durante o período da Semana Santa e em seguida adiadas para o mês de setembro. “Quando houve o motim na Casa de Custódia em abril, o Sinpoljuspi já havia alertado à Secretaria de Justiça, porém, eles não deram atenção e colocaram culpa na bomba de água que queimou, mas aquilo foi só o pivô. Como a fuga dos presos não deu certo, houve o motim”, disse o diretor administrativo do Sinpoljuspi.
O diretor conta ainda que, a cerca elétrica do presídio está desligada há meses e não há uma tela de proteção no teto dos pavilhões, contribuindo assim para que as armas entrem com mais facilidade e haja mais fugas na penitenciária. “A Irmão Guido tem capacidade para apenas 320 detentos, mas 454 pessoas estão presas lá. No pavilhão D, por exemplo, há presos de alta periculosidade que inclusive tem envolvimento com membros do PCC [Primeiro Comando da Capital] de São Paulo”, disse Kleiton Holanda.
Armas e munições apreendidas (Foto: Sinpoljuspi)
Membros do Sinpoljuspi irão se reunir nesta sexta feira (30) para decidir sobre uma possível greve por tempo indeterminado entre a categoria.
Denúncia
O diretor Kleiton Holanda fez ainda uma denúncia sobre a falta de viatura para transportar presos. Segundo ele, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça doou sete viaturas, mas há 20 dias os veículos estão parados no pátio da Secretaria de Justiça.
“Já solicitamos que as viaturas fossem liberadas, mas a Sejus falou que temos que aguardar por que o Governo vai usá-las em uma propaganda, o que é totalmente irregular, já que além de ser uma necessidade, quem fez a doação foi a União e não o Governo do Estado”, disse Holanda.
Viaturas cedidas pelo Depen
O diretor falou ainda sobre a questão da situação dos presídios do Estado. Ele conta que, não há detector de metais, ou qualquer outro tipo de aparelho que possa fazer uma vistoria eficaz nos visitantes ou presos que voltam do regime semiaberto. “Comparada ao presídio de Pedrinhas [MA], a estrutura da Irmão Guido é um chiqueiro”, alerta.
“O sindicato já expôs a situação para a Sejus através de um relatório contendo a atual situação de todos os presídios do Piauí. A secretária de Justiça disse apenas que está resolvendo que é para termos paciência, já o governador não quer nem nos receber, dessa forma o sistema prisional do Estado só piora”, afirma Kleiton Holanda.
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