Carlos Roberto
Cláudia Araújo Romualdo substitui o coronel Rogério Luiz de Andrade, que foi para a reserva
Pistola .40 no coldre, batom e maquiagem discretos, aliados a uma boa estratégia e à tomada de decisão rápida e precisa no combate ao crime. É essa a aposta inédita da Polícia Militar de Minas Gerais para o policiamento da capital.
Na última segunda-feira (25), pela primeira vez na história, a chefia do Comando do Policiamento da Capital (CPC) foi assumido por uma mulher, a coronel Cláudia Araújo Romualdo, que completa 45 anos na quinta-feira.
A oficial, até então comandante da 3ª Região de Polícia Militar de Vespasiano, na Grande BH, assume o cargo no lugar do coronel Rogério Luiz de Andrade, que foi para a reserva da corporação.
A coronel assume o cargo na tentativa de reduzir os níveis de violência da capital mineira. Segundo dados da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), em janeiro deste ano foram registrados 47 homicídios, 2.308 crimes violentos e 2.164 contra o patrimônio.
Durante a primeira entrevista no cargo, a oficial disse que é natural que, por ser mulher, exista uma curiosidade inicial sobre como irá comandar o CPC. “Fora o batom e a maquiagem, sou uma policial com o mesmo treinamento”, resumiu.
Ela anunciou que a primeira tarefa será reunir-se com comandantes de todos os batalhões sob sua responsabilidade para uma avaliação preliminar. Também prometeu dar atenção especial aos casos de adolescentes infratores, abusos de flanelinhas, além dos constantes ataques a caixas eletrônicos com explosivos e “saidinhas de banco”.
O comandante-geral da PM, coronel Márcio Martins Sant’Ana, afirmou que “aposta todas as fichas na coronel Cláudia”. Martins informou que a decisão de Andrade de se transferir para a reserva “foi pessoal, para ficar com a família e sem maiores explicações”.
O coronel Andrade não compareceu à solenidade da posse.
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