quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Com 444 mortes em 2011, Goiânia bate recorde de homicídios



Número é o maior desde de 2000, quando estatística começou a ser contada.
Até novembro desta ano, foram 84 mortes a mais que todo o ano de 2010.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

O ano de 2011 nem terminou e já é o mais violento dos últimos 11 anos em Goiânia. Na terça-feira (29), a capital bateu o recorde de homicídios, com 444 assassinatos. O número supera a marca histórica de 2008, quando ocorreram 443 mortes violentas na cidade.
Em relação ao ano passado, o aumento é ainda maior. Foram 84 crimes a mais que que em 2010, quando 360 pessoas morreram vítimas de homicídio. Os números levam em consideração dados computados pela Delegacia Estadual de Homicídios desde o ano 2000, quando a unidade policial foi reestruturada.
De acordo com dados da Polícia Civil, mês mais sangrentona capital  foi setembro, com 56 homicídios, seguido por outubro, com 52. A estatística de outubro tem o dobro casos registrados em comparação ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 26 assassinatos.
Em novembro, a Delegacia de Homicídios registrou 36 casos. Mas o total de mortos é ainda maior, pois os dados não levam em conta mortes em confronto com a polícia.Segundo a polícia, duas características estão presentes na maior parte dos homicídios registrados este ano; o perfil das vítimas e a motivação do crime. Foram mortos principalmente jovens com algum tipo de envolvimento com o tráfico de drogas.
Segundo a polícia, duas características estão presentes na maior parte dos homicídios registrados este ano; o perfil das vítimas e a motivação do crime. Foram mortos principalmente jovens com algum tipo de envolvimento com o tráfico de drogas.
O coronel Sérgio Katayama acredita que o avanço do crack é uma das explicações para a violência: “O uso de drogas faz com que aumente principalmente os homicídios e a tentativa de homicídio.”
Em entrevista ao Bom Dia Responde exibido nesta quarta-feira (30) no jornal Bom Dia Goiás, o novo comandante geral da Polícia Militar (PM), Edson Costa Araújo, também afirma que o envolvimento com drogas colabora para o aumento no número de mortes em Goiânia. [Veja vídeo ao lado] “Se você não estiver no meio do tráfico certamente você não vai ser vitimado.” Para ele, a violência deve ser discutida no seio da questão social: “Na verdade extrapola o campo da polícia e vai para o social. Nós precisamos de uma solução para o crack. Então nós precisamos atuar em duas frentes, na prevenção e na repressão também.”


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