Agente penitenciário foi surpreendido a tiros na manhã desta segunda-feira, dia 30, no bairro Tutunas, quando chegava em casa. O suspeito o esperava dentro do imóvel e o atingiu com dois tiros e em seguida fugiu. A polícia apurou que o autor dos disparos conhece a vítima desde a infância e não aceitava o fato de ter se tornado um agente.
Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta de 6h30, na avenida Tutunas, quando o agente penitenciário Flauber Bruno Ferreira, 27 anos, chegava do trabalho e, ao abrir o portão de entrada de sua residência, foi alvejado com três disparos de arma de fogo, que teriam sido efetuados por um indivíduo conhecido por Cacildo. Um dos tiros o atingiu no tórax e outro na mão. Em seguida o autor fugiu, tomando rumo ignorado. Ele pode ter entrado no local pelo muro dos fundos, já que por este lado o terreno da vítima faz divisa com a propriedade da Fazu.
Foi apurado pelo Jornal da Manhã que o autor Cacildo conhece Flauber desde a infância e não se conforma com o fato de ele ter se tornado um agente penitenciário. De acordo com as informações da polícia, Cacildo já tem várias passagens por diversos crimes em várias cidades e, inclusive, já cumpriu pena na cidade de Barretos.
Flauber foi socorrido pela própria viatura policial e conduzido ao Hospital de Clínicas da UFTM, onde foi medicado. Segundo a assessoria de imprensa da unidade hospitalar, a vítima continua se recuperando e seu estado de saúde é estável. Até o fechamento desta edição o autor não havia sido preso. (AC)
Família no tráfico de droga:
Pai estava preso em Minas Gerais e filho em Foz do Iguaçu, no Paraná.Mãe e namorada do jovem ajudavam no tráfico de drogas.
Do G1 PR,
A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão de presidiários na última semana. A Operação Empório, deflagrada na quinta-feira (25), acabou com a atuação de uma família na tráfico de drogas. Mesmo com o pai preso em uma penitenciária de Minas Gerais e o filho na cadeia pública de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, os dois davam ordens à parentes que colaboravam no esquema.
Gravações cedidas pelas polícia comprovam que os presos se comunicavam com os familiares e recebiam informações do que acontecia na rede de negócio criminoso. “Ah, pai, vou falar pro senhor: eu fiquei bem desanimado. Eu peguei um juiz muito ruim, um promotor muito ruim. Os caras já falaram aqui, que eu vou sentar lá e ele vai pedir 35 anos pra mim”, disse o filho por telefone.
Com pai e filho presos, a esposa e mãe dos criminosos passou a contribuir. Em uma das gravações, ela avisa ao marido, com uma mensagem cifrada, que um caminhão carregado de maconha foi apreendido. “É, morreu, mesmo. Morreu o parente lá”, diz a mulher. Ela se refere a um caminhão-tanque apreendido em Curitiba que transportava duas toneladas de maconha.
Em uma conversa, mãe e filho chegam a comentar sobre um plano de resgate do jovem preso. Ele chama os policiais de “bezerros”.
Filho: Avisa os caras que, quando eles ‘pegar’ os bezerros lá, quando for sair, pra deixar os bezerros amarrados, entendeu?
Mãe: Entendi.
Filho: Deixar amarrado. Você entendeu?
Mãe: Entendi.
Filho: Não é pra carnear nenhum dos bezerros, só se precisar.
“Carnear os bezerros” seria matar os policiais.
Segundo o delegado da Polícia Federal no Paraná, Wagner Mesquita, através do monitoramento das ligações, a polícia apreendeu o fuzil comprado para ser usado para a ação. “Sabendo que tinha um plano de arrebatamento de preso e de resgate de preso, tivemos de impedir esse plano e solicitar à Justiça que fizesse a realocação desse preso”.
Agora, com a quadrilha desmantelada, a mãe e a namorada do jovem foram presas suspeitas de passar informações e recados durante as visitas.
“É praticamente impossível que uma pessoa presa consiga manter sua atividade criminosa sem o auxílio de uma pessoa que esteja solta, normalmente os familiares”, declarou o superintendente da Polícia Federal no Paraná, Jose Alberto Iegas.
Pai e filho podem ter um acréscimo na pena de trinta e um anos de prisão.