Ligações do jogador para a noiva aconteceram mais de uma vez
Publicado no Super Notícia em 23/07/2011
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FOTO: ALEX DE JESUS - 28.6.2011
Ingrid e Bruno, durante encontro na Assembleia Legislativa, no mês passado
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou ontem que irá investigar o esquema de regalias que permitiu ao goleiro Bruno Fernandes falar ao telefone com a noiva Ingrid Oliveira e com parentes a partir de um telefone corporativo da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde o goleiro está preso há um ano sob acusação de ter mandado matar a ex-amante Eliza Samudio.
Reportagem exclusiva do Super, ontem, mostrou que o casal contou com os serviços de funcionários e do ex-diretor do presídio, Cosme Dorivaldo Ribeiro Santos, para falar livremente ao telefone. A ilegalidade está comprovada em grampos telefônicos feitos entre novembro e dezembro do ano passado com autorização da Justiça.
As escutas mostraram que as regalias aconteceram mais de um vez. Como se estivessem a serviço do goleiro, funcionários do presídio usaram o telefone da unidade para colocar Bruno em contato com a noiva, no Rio de Janeiro. As escutas comprometem, principalmente, a assistente social identificada como Lourdes que teria cuidado pessoalmente de permitir o acesso do goleiro ao telefone.
O grampo telefônico mostra que só no dia 2 de dezembro de 2010, Lourdes e Ingrid se falaram por duas vezes. Na primeira delas, a funcionária dá a notícia a Ingrid de que teve a autorização do diretor do presídio para retirar Bruno da cela e fazer a ligação.
Em outro contato, Bruno e a noiva conversam por 11 minutos e 59 segundos. Falam de tudo um pouco. Da saudade pela distância até sobre as manobras para livrar o goleiro da prisão e a repercussão do escândalo na mídia. No fim da ligação, Bruno diz que precisa desligar porque ainda tem que telefonar para a mãe, o que prova que os telefonemas eram uma rotina.
A Seds descartou o afastamento da assistente social. Segundo o órgão, o ex-diretor deixou a unidade em maio e agora ocupa um cargo no Ceresp de Contagem.
As escutas revelam ainda que a assistente social identificada como Lourdes tinha intimidade com Ingrid. Era Lourdes quem intermediava as conversas do casal. Nas ligações feitas entre as duas, a funcionária se mostra muito solícita. Ela se despede de Ingrid com um "tchau, linda".
Reportagem exclusiva do Super, ontem, mostrou que o casal contou com os serviços de funcionários e do ex-diretor do presídio, Cosme Dorivaldo Ribeiro Santos, para falar livremente ao telefone. A ilegalidade está comprovada em grampos telefônicos feitos entre novembro e dezembro do ano passado com autorização da Justiça.
As escutas mostraram que as regalias aconteceram mais de um vez. Como se estivessem a serviço do goleiro, funcionários do presídio usaram o telefone da unidade para colocar Bruno em contato com a noiva, no Rio de Janeiro. As escutas comprometem, principalmente, a assistente social identificada como Lourdes que teria cuidado pessoalmente de permitir o acesso do goleiro ao telefone.
O grampo telefônico mostra que só no dia 2 de dezembro de 2010, Lourdes e Ingrid se falaram por duas vezes. Na primeira delas, a funcionária dá a notícia a Ingrid de que teve a autorização do diretor do presídio para retirar Bruno da cela e fazer a ligação.
Em outro contato, Bruno e a noiva conversam por 11 minutos e 59 segundos. Falam de tudo um pouco. Da saudade pela distância até sobre as manobras para livrar o goleiro da prisão e a repercussão do escândalo na mídia. No fim da ligação, Bruno diz que precisa desligar porque ainda tem que telefonar para a mãe, o que prova que os telefonemas eram uma rotina.
A Seds descartou o afastamento da assistente social. Segundo o órgão, o ex-diretor deixou a unidade em maio e agora ocupa um cargo no Ceresp de Contagem.
As escutas revelam ainda que a assistente social identificada como Lourdes tinha intimidade com Ingrid. Era Lourdes quem intermediava as conversas do casal. Nas ligações feitas entre as duas, a funcionária se mostra muito solícita. Ela se despede de Ingrid com um "tchau, linda".
Advogado disse que não sabia das ligações
O advogado que representa Bruno , Cláudio Dalledone, negou que tivesse conhecimento dos contatos telefônicos entre o goleiro e a noiva. Segundo o defensor, não é possível ter conhecimento de tudo. Dalledone esteve com o jogador na penitenciária nos dois últimos dias. No entanto, o advogado não quis comentar o teor das conversas que teve com o preso. Dalledone também não quis falar sobre as declarações do amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que disse ser de Eliza Samudio o sangue encontrado no carro de Bruno.
Escutas ligam dois esquemas
Bruno poderia ter sido mais um cliente do esquema de venda de habeas corpus desvendado em 30 de junho pela Polícia Federal. A operação, que resultou na prisão de cinco pessoas e interceptou as conversas dos suspeitos, aponta para uma ligação entre a quadrilha e a suposta proposta da juíza Maria José Starling que teria tentado vender a liberdade de Bruno por R$ 1,5 milhão, como denunciou a noiva do goleiro. O elo entre os dois casos seria o advogado Marcello da Conceição. Ele é um dos personagens interceptados pela polícia negociando a venda de alvarás de soltura de dois irmãos presos por tráfico há um ano. Ele seria o mesmo Marcello que foi apresentado à Ingrid pela juíza Maria José. O homem também apareceria nas escutas autorizadas pela Justiça as quais o Super teve acesso com exclusividade para apurar a denúncia de Ingrid. Marcello liga para Ingrid e se apresenta como juiz de Brasília. Ele diz que é amigo da juíza e que poderia ajudar Ingrid com seus relacionamentos na capital federal.
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