Wellington Pedro/Imprensa MG
Governador Antonio Anastasia e o presidente do grupo EBX, Eike Batista
O Governo de Minas assinou protocolos com o setor de mineração, nos últimos 15 dias, que somam mais de R$ 7 bilhões em investimentos no Estado. Na semana passada, o governador Antonio Anastasia assinou com a BHP Biliton, maior mineradora do mundo, protocolo de intenções que prevê investimentos de R$ 3,7 bilhões nos municípios de Ouro Preto e Itabirito, com a geração de 1,1 mil empregos diretos e outros 1,1 mil empregos indiretos.
Momento positivo
Para o governador Antonio Anastasia, o Estado vive momento muito positivo no setor mineral e deve aproveitar a oportunidade para gerar empregos e oportunidades aos mineiros, sem perder de vista o respeito ao meio ambiente e o desafio de agregar mais valor aos produtos minerais.
“Nós temos que aproveitar essa onda positiva, porque esses investimentos representam empregos de qualidade em Minas Gerais, representam investimentos que vão gerar também infraestrutura e vão se desdobrar na logística. E a logística representa, também, o apoio não só na mineração, mas para outras atividades econômicas, não só portuária como também ferroviária. Sem, claro, perder de vista o processo permanente de agregação de valor aos nossos produtos. Minas já se orgulha de ter toda a cadeia produtiva, da produção do minério até a produção de automóveis. E vamos continuar trazendo empresas que têm esse perfil econômico”, disse o governador Antonio Anastasia.
Mineração sustentável
Durante a solenidade, Antonio Anastasia destacou ainda o papel das grandes mineradoras com a sustentabilidade da atividade mineral.
“A mineração séria é feita de modo sustentável, com requisitos, com determinações legais. Tanto a MMX, como grandes outras, são empresas internacionais, de grande respeitabilidade, que naturalmente estão tomando todas as cautelas e obedecendo a legislação na sua inteireza, para que não haja nenhum prejuízo ambiental. No mundo inteiro existe mineração, não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos, Austrália, África, no Canadá, e em todos esses países a mineração se dá como aqui, agora. Ou seja, em caráter de sustentabilidade. E esse é um patrimônio importante que temos de preservar, mantendo o equilíbrio entre a situação econômica e ao mesmo tempo a preservação do meio ambiente”, afirmou o governador de Minas.
Expansão da MMX
A expansão do Complexo de Serra Azul permitirá à MMX o aumento da capacidade de produção de minério de ferro dos atuais 8,7 milhões de toneladas por ano para 24 milhões de toneladas por ano. Os investimentos também incluem a implantação de uma correia transportadora com 10 quilômetros de extensão, ligando a mina ao ramal da MRS Logística, onde a MMX também vai instalar um terminal ferroviário, uma adutora, linha de transmissão de energia e um pátio de estocagem.
Além de investimentos na expansão da Unidade Serra Azul, a MMX prevê investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão na implantação da Unidade Bom Sucesso, em Bom Sucesso, no Centro-Oeste mineiro. No total, a empresa planeja investir R$ 5,5 bilhões em Minas Gerais.
Capacitação
A companhia vai incentivar suas prestadoras de serviço a também contratarem trabalhadores locais. A MMX está desenvolvendo um programa de capacitação de trabalhadores, em parceria com o Senai, para atender à demanda das obras de implantação.
Os R$ 4 bilhões serão investidos no decorrer deste e dos próximos três anos. Para alcançar uma produção anual de 24 milhões de toneladas, a MMX vai construir uma das maiores e mais modernas usinas de beneficiamento de minério de ferro do mundo. Será também a primeira usina de beneficiamento de itabirito compacto do país.
A MMX vai construir este modal para reduzir a utilização do transporte rodoviário, eliminando cerca de 260 mil viagens de caminhões entre as operações da empresa e os terminais ferroviários. De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), desenvolvido para este projeto, a MMX vai, ainda, reduzir o consumo de combustíveis fósseis, a emissão de gases poluentes e evitar o consumo de 12 mil pneus por ano.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto foi feito pela Brandt Meio Ambiente, empresa independente responsável pelo inventário social, ambiental e econômico da região onde serão implantadas as novas estruturas da MMX. De acordo com o EIA, os impactos negativos da implantação do empreendimento foram avaliados como “pouco expressivos” ou “inexpressivos”.
O terminal ferroviário terá capacidade para embarcar 24 milhões de toneladas por ano e fará a integração entre a mina e os trens da MRS, que levarão o minério até o Superporto Sudeste. A MMX está finalizando a aquisição deste porto, localizado em Itaguaí, litoral sul do Rio de Janeiro. Com essa aquisição, a MMX se coloca na posição de empresa consolidadora da região de Serra Azul, uma das mais tradicionais em mineração de Minas Gerais.
Responsabilidade Ambiental
Como toda atividade mineradora, a atuação da MMX modifica a paisagem da região. Para esse projeto, toda a região de Serra Azul passou por uma completa análise socioeconômica e ambiental, que apontaram os caminhos para a viabilidade da expansão. As áreas com perdas ambientais serão recuperadas ou terão o impacto minimizado.
O bom aproveitamento da água é prioridade para a MMX, por isso 85% da utilização desse recurso no processo é de água recirculada. Para repor as perdas no processo, será feita captação no rio Paraopeba. A MMX também investe em estudos de aproveitamento de rejeitos do processo minerário em elementos de outras cadeias produtivas, bem como a reciclagem de resíduos
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