Clientes registraram a conduta da agente prisional em Rio Verde.
Detento que ficou sozinho tem envolvimento em homicídios, diz polícia.
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Clientes de um banco em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, passaram por momentos de tensão quando uma agente prisional que fazia a escolta de dois presos saiu de perto de um dos detentos. As imagens foram registradas por um dos clientes (veja vídeo ao lado). Uma sindicância vai apurar a conduta da servidora.
Nas imagens é possível ver que apenas uma agente fazia a escolta dos dois detentos. Enquanto um deles é atendido, o outro fica acompanhado. Porém, por alguns minutos, a mulher fica ao lado do detento que é atendido, deixando o outro sozinho. Apenas no fim da gravação outro agente se aproxima.
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Os clientes, que não quiseram se identificar, disseram ter ficado constrangidos e com medo da situação. “Quando você está em um banco você já fica apreensivo. Aí chegam duas pessoas que você sabe que não são pessoas de bem, que são pessoas que deveriam estar presas, elas estão soltas, você fica reprimido”, afirma.
Além da negligência, os clientes afirmam que a agente ainda brincava com a situação. “Um dos presos, o que estava em pé, a agente falava com ele assim: ‘pode ir, pode fugir, eu deixo’. E eles sorriam e brincavam com isso”, relata. Para quem estava dentro da agência, houve ali uma inversão de papéis: “os presos mesmo estavam se sentindo à vontade. Ficavam rindo, olhando para os lados, conversando numa boa. Ou seja, a gente que é um cidadão de bem é quem tem que ficar reprimido”.
A conduta da agente surpreendeu também a dois delegados da região, que identificaram o detento que ficou sozinho. Segundo a Polícia Civil, ele foi preso no ano passado durante uma operação que identificou uma quadrilha responsável por quase toda a droga que chegava à cidade. Ele também teria envolvimento com crimes de homicídio.
Para o delegado regional Danilo Fabiano, a conduta da agente poderia ter tido consequências graves. “É muito fácil um resgate desse preso, a fuga do próprio preso, ou ele pegar uma daquelas pessoas de refém e gerar uma crise muito grande dentro daquela instituição bancária”, afirma o delegado.
As imagens foram mostradas ao diretor do Centro de Prisão Provisória de Rio Verde, Luiz Costa Souza. Ele afirma que abriu uma sindicância para apurar os fatos. “Vamos abrir o procedimento e eles podem perder o emprego. Se tiverem outras pessoas envolvidas, também vão ter essa punição”, afirma o diretor.
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