sábado, 14 de setembro de 2013

OAB vê erros graves na condenação do Pastor Marcos Pereira


 OAB vê erros graves na condenação do Pastor Marcos Pereira

A 2ª Vara Criminal da Comarca de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, condenou o pastor Marcos Pereira a 15 anos de prisão por estupro. A decisão foi dada nesta quinta-feira (12) se baseando nos relatos das testemunhas que relataram que o acusado usava sua posição religiosa para satisfazer seus desejos sexuais.

AOB Ordem dos Advogados do Brasil manifestou dizendo que os argumentos usados pela promotoria são apenas verbais. Um crime que aconteceu em 2006 não pode ser julgado por provas verbais de unicamente uma pessoa. AOB não defende o pastor Marcos Pereira, mas manifesta contra o fim de um julgamento respaldado em uma única prova verbal. A entidade também afirma que deveria ser analisado os fatos dos envolvidos na condenação ter contato direto com os acusadores.

Na sentença o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) diz que “as testemunhas ouvidas relatam com firmeza como o acusado é uma pessoa manipuladora, fria, só pensa em si, utilizando-se das pessoas para satisfazer seus instintos mais primitivos e de forma promíscua, utiliza da boa-fé das pessoas para enganá-las. Pelo exposto e por tudo que dos autos consta, julgo procedente a pretensão punitiva para condenar Marcos Pereira da Silva”.

Os crimes pelos quais o fundador da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) foi condenado teriam acontecido em 2006 contra seguidoras da igreja. Uma delas resolveu retirar a queixa, mas a segunda mulher seguiu na denúncia que foi julgada no dia de hoje. O pastor Marcos Pereira está preso desde 8 de maio no presídio do complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro e chegou a depor em juízo dizendo que nunca estuprou as mulheres da igreja e que as acusações vinham de pessoas ligadas à ONG AfroReggae.

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