sábado, 15 de setembro de 2012

Segurança privada supera número de policiais no Brasil


15/09/2012 07:26 - Atualizado em 15/09/2012 07:26

Do Hoje em Dia


Levantamento divulgado no mês passado pela ONU mostrou que a pior distribuição de renda da America Latina é a da Guatemala e, a quarta pior, a do Brasil. Na sexta-feira (14), estudo da Organização dos Estados Americanos (OEA), intitulado "Relatório sobre a Segurança Cidadã nas Américas em 2012", voltou a destacar os dois países. O Brasil é o segundo país das Américas com a pior proporção entre seguranças privados e policiais. São quase cinco seguranças pagos por quem tem patrimônio a proteger para cada policial civil ou militar dedicado, por conta do Estado, à segurança dos cidadãos. Pior que isso, só a Guatemala.
Parece haver uma correlação clara entre injustiça social e insegurança. No mesmo passo em que aumenta a concentração de renda e a desigualdade entre a população, mais necessidade sentem os muito ricos de se protegerem, comprando armas e contratando mais seguranças. Mas só conseguem elevar o sentimento de insegurança, real ou não. Construir castelos, como os barões da Idade Média, não resolve o problema. A Europa, principalmente após a tomada da Bastilha pela populaça pobre parisiense, no final do século 18, aprendeu que distribuir renda e criar condições dignas de sobrevivência para todos é o melhor caminho.
O próprio capitalismo, depois de Marx, tratou de pôr freios à ganância desenfreada. Criou-se uma espécie de pacto social, erigido na forma de leis trabalhistas e de tantas outras que se destinam a proteger os destituídos. Nos últimos anos, grandes empresas se empenharam em divulgar e pôr em prática o conceito de responsabilidade social. Espera-se que a renitente crise financeira internacional não as desestimule. CONTINUA...

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