“O governo de Minas Gerais vai dar prioridade absoluta para as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados e seguirá com o apoio e as parcerias já estabelecidas.” Foi com esta mensagem que o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, encerrou na noite de quinta-feira, 19.07, a palestra sobre O papel do Estado para o processo de expansão e consolidação das APACs, durante a solenidade de abertura do VII Congresso Nacional da instituição.
O evento está sendo realizado na cidade de Itaúna, Região Central, e vai até o dia 22 de julho, com a participação de cerca de 320 congressistas, entre representantes das APACs de todo o Brasil e do exterior, magistrados, promotores de justiça, estudantes e outros interessados.
A Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC) é responsável pela realização do congresso e tem como parceiros a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais (Seds), o Programa Novos Rumos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais, o Instituto Minas Pela Paz, entre outros. O objetivo geral do VII Congresso Nacional das APACs é fortalecer e unificar a aplicação do método APAC, além de consolidar, valorizar e ampliar parcerias.
Desempenho
A instituição de assistência aos condenados comemora 40 anos de fundação e teve sua primeira unidade inaugurada em São José dos Campos (SP). Em 1986 foi inaugurada a primeira APAC de Minas Gerais, na cidade de Itaúna e hoje é referência nacional em termos de recuperação e ressocialização de detentos, apresentando baixos índices de reincidência por parte dos ex-detentos que cumprem pena na unidade. Nela, assim como em todas as outras APACs não existem algemas, policiais ou agentes penitenciários, os próprios detentos, chamados de reeducandos na metodologia apaciana, são os co-gestores de segurança. Hoje o método está presente em 18 estados brasileiros e em 23 países. O diretor executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), Valdeci Antônio Ferreira afirmou que no aniversário da maturidade das APACs devem ser celebrados principalmente “o apoio das autoridades que abraçaram a causa e aceitaram o princípio de que ninguém é irrecuperável e todos merecem a misericórdia divina”.
Durante a cerimônia de abertura do evento o juiz de direito da Comarca de Itaúna e presidente do Conselho Superior da FBAC, Paulo Antônio de Carvalho, narrou a história de um ex-reeducando, com o objetivo de mostrar a eficácia do método criado em 1972: “José de Jesus cometeu diversos crimes, entre homicídios e assaltos, em diferentes comarcas do estado. Passou por várias cadeias e penitenciárias, das quais conseguiu fugir ou criou sérios problemas de disciplina. Em um das condenações foi encaminhado para a APAC de Itaúna onde deveria cumprir uma longa pena e nunca fugiu. Certo dia um repórter perguntou para ele porque nunca tentou, já que sempre obtinha êxito no passado. O reeducando deu uma resposta que virou lema das APACs: ‘do amor ninguém foge’ ”.
Crédito fotos: Bernardo Carneiro
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sábado, 21 de julho de 2012
Secretário de Defesa Social reafirma parceria com Associação de Assistência aos Condenados
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