O delegado seccional João Roque Américo pediu ontem, durante a inauguração da nova sede da Dise em Itaquá, SP que os deputados estaduais que representam o Alto Tietê repensem sobre a lei que obriga aos interessados em trabalhar na Polícia Civil de possuir diploma em curso superior. Segundo ele, esse seria um dos fatores de a polícia encontrar dificuldades em encontrar bons investigadores.
“Muitas pessoas fazem o concurso para a Polícia Civil, mas quando passam na prova, pedem para trabalhar em setores administrativos. Não querem ir para a rua e enfrentar o crime. Essa lei que exige o diploma talvez seja o motivo de poucas pessoas se interessarem no cargo”, explicou o delegado. Além disso, ele contou que a média de idade dos investigadores da região é de 40 anos, enquanto os bandidos têm entre 20 e 25 anos. “Poderíamos ter policiais mais novos, caso não fosse exigido o diploma, o que daria um sangue novo na polícia”.
A deputada estadual Heroilma Tavares (PTB), que também estava na cerimônia de inauguração da Dise ontem, apoiou o pedido do delegado seccional e afirmou que tomará medidas para ajudar à polícia a solucionar esse problema. “Vou me reunir com a Frente Parlamentar da região e sindicatos de classe para discutir o assunto. Acho isso um absurdo. Sou a favor do ensino superior, mas sei que existem pessoas capacitadas a serem investigadores e que não possuem o diploma. É complicado mudar a lei, mas vamos tentar uma emenda”, ressaltou a deputada. (L.D.)
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