Dois motins foram registros em Minas Gerais na noite de segunda-feira (25). O saldo das rebeliões foi de um morto e 31 feridos. O caso mais grave ocorreu na Cadeia Pública de Campestre, no Sul de Minas. Segundo a Polícia Civil, que administra o espaço, 48 presos seriam transferidos para Alfenas e Três Corações, na manhã desta terça-feira (26), já que a cadeia foi interditada pela Justiça.
 
No entanto, insatisfeitos com a mudança, os presos colocaram fogo em uma das celas. Durante a ação, oito presos ficaram feridos e Sebastião Luiz Germano morreu no local. Os feridos foram socorridos e encaminhados para hospitais de Alfenas e Passos.
 
Os demais detentos foram transferidos para Três Corações e Alfenas. A perícia esteve no local e um inquérito foi instaurado para apurar o caso.
 
O outro motim foi registrado no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Conforme a Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds), por volta das 20 horas os detentos começaram a atear fogo em pedaços de colchões e a lançar nas galerias da unidade.
 
A rebelião foi controlada pelos agentes penitenciários, às três horas desta terça-feira (26). O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para controlar o fogo, mas não precisou intervir, assim como a Polícia Militar, que a deu apoio na área externa do Ceresp.
 
Durante a ação, 23 presos sofreram escoriações leves e foram atendidos no setor de saúde da unidade prisional. Eles foram atingidos por munições não letais ou se machucaram durante o tumulto. Todos passaram por exame de corpo de delito dentro do Centro de Remanejamento. Cinco deles foram encaminhados para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS), mas passam bem.
 
A ação dos agentes penitenciários foi acompanhada pelo juiz da Vara de Execução Criminal, Daniel Reche Motta. Nesta manhã, o Comando de Operações Especiais (COPE) acompanhou s desdobramentos do caso e dará apoio a transferências que devem ocorrer nos próximos dias.
 
A Suapi fará a transferência de 40 detentos identificados como líderes do motim para outras unidades do estado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A direção da Penitenciária instaurou um Procedimento Interno para apurar as circunstâncias do ocorrido e avaliar os danos ao patrimônio.