30/08/2014 10:54 - Atualizado em 30/08/2014 10:54
Renata Caldeira/TJMG/Arquivo
Bruno Fernandes arquitetou a morte de sua ex-amante, Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes, que cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas, estaria com plano de fuga da unidade. Essa informação está no documento de denúncia protocolado no Conselho Regional de Justiça (CNJ) na última terça-feira (26). O atleta cumpre 22 anos de prisão acusado de ser o mandante da morte de Eliza Samudio, em 2010.
O documento é assinado pelos advogados dos escritório Carbone & Faiçal e de iniciativa do defensor Ângelo Carbone. Segundo o advogado, a investigação sobre o caso começou depois que vários detentos da Penitenciária de Nelson Hungria , em Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte, protestaram sobre a transferência do atleta. “A população carcerária está revoltada com o privilégio. Vários presos citam até o nome da pessoa que beneficiou o Bruno nesta transferência”, contou.
Carbone, que é defensor do detento Jaílson Alves de Oliveira, que cumpre pena de 36 anos na Nelson Hungria, disse que a transferência iria facilitar a fuga do atleta do sistema carcerário. “Esse é o relato tanto de Jailson quanto de outros detentos e até funcionários da unidade, que não entendem como o atleta conseguiu esse benefício de maneira tão rápida”,afirmou o advogado.
No documento, os advogados destacam que o atleta teria concedido entrevistas de forma remunerada dentro do complexo penitenciário, o que teria facilitado para que conseguisse a transferência. Sobre a mudança para o Norte de Minas teria sido realizada através da influência um pessoa dentro do judiciário.
Bruno Fernandes, foi transferido para a penitenciária de Francisco Sá, no dia 20 de junho. Entre os critérios avaliados, pela Vara de Execuções Criminais está a residencia fixa na região, segurança e vaga na unidade prisional dentre outros critérios.
Para o advogado responsável pela defesa de Bruno, Francisco Simim, a denúncia é irreal. “É uma mentira. A noiva (Ingrid Calheiros) de Bruno mora em Montes Claros. Ele não teve nenhum tipo de privilégio. Somente aquilo que é de direito. Esses advogados estão fantasiando”, disse.
Agora, a denúncia será avaliada e deverá seguir para Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão é responsável por investigar condutas e procedimentos jurídicos. Segundo Carbone, não há prazo para que o processo de investigação seja instaurado. “Espero que seja o mais rápido possível, pois essa medida pode motivar um rebelião entre a população carcerária devido ao beneficio irregular de Bruno, além de sua fuga do Norte de Minas”, destacou.
A defesa do goleiro informou que irá esperar ser comunicado oficialmente para tomar providências sobre o caso.