fonte: hoje em dia
EUGENIO MORAES
Gleison foi localizado em um matagal às margens da BR-040
Seis agentes penitenciários estão sendo investigados após denúncia de espancamentos e facilitação de fuga de 12 presos na noite de domingo do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A denúncia, feita pelo detento Gleison Ferreira da Silva, de 25 anos, um dos foragidos recapturado durante a madrugada, começou a ser apurada nesta segunda-feira (9) pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi).
O subsecretário de administração prisional Murilo Andrade afirmou que houve falha na segurança e que está claro o envolvimento de agentes na fuga. Foi instaurado um procedimento administrativo para apurar as denúncias feitas por Gleison e nesta segunda-feira (9) estão sendo ouvidos outros detentos, funcionários e agentes do presídio. "Quem estiver envolvido vai ser punido", afirmou Andrade.
Gleison, preso há sete meses por tráfico de drogas, denunciou que somente tomou conhecimento do túnel e da fuga na quarta-feira (4), quando foi transferido para a cela, onde já estavam os outros 11 detentos que fugiram. Eles teriam contado que a vistoria havia sido suspensa há um mês somente naquela cela. Apenas a contagem dos presos à noite era feita. Esta vistoria seria de responsabilidade dos agentes denunciados.
Ainda segundo o detento, os agentes teriam recebido um valor alto para não vistoriarem a cela e facilitarem a fuga. Gleison não soube informar quanto foi pago e quem pagou. Para cavar o túnel, de 12 metros de extensão e 80 centímetros de largura, os presos usaram uma broca e as mãos e levaram cerca de 45 dias.
A terra retirada, o equivalente a três caminhões segundo a polícia, era colocada e compactada nos colchões e dentro do banheiro e escondida com lençóis. Para iluminar o túnel, os presos usaram fios de rádios e lâmpadas compradas juntamente com artigos de higiene pessoal.
O subsecretário Murilo Andrade achou impossível tudo ter sido feito em 45 dias. Ele acredita que a escavação tenha sido feita em 4 a 5 dias, já que a terra ainda estava úmida. Mas vai depender de perícia no local.
Um celular foi encontrado num matagal perto do presídio, que pertenceria a um dos presos. Nele uma mensagem orientava aos fugitivos a rota de fuga. "Vem sentido Neves, BH está lombrado (significa que a capital estava muito vigiada)", informava o texto. Outras inúmeras ligações foram feitas para o aparelho, mas a polícia não conseguiu rastrear as chamadas.
Gleison foi localizado em um matagal às margens da BR-040, próximo a penitenciária, e o outro detento, cujo nome não foi divulgado, na rodovia. Gleison contou que ficou escondido no matagal e quando chegou à estrada, pediu o celular emprestado a um caminhoneiro, alegando que havia sido assaltado.
Ele chamou alguns parentes, dizendoque havia sido liberado. Ao chegarem ao local, dois irmãos e um cunhado de Gleison foram detidos, juntamente com ele, por policiais militares que participavam da busca aos foragidos. Todos foram levados para a Cia. da Polícia Militar de Ribeirão das Neves, onde os parentes esclareceram que não sabiam que ele havia fugido.
Militares do 40° Batalhão e da Rotam continuam as buscas pela região aos dez fugitivos restantes.
O subsecretário de administração prisional Murilo Andrade afirmou que houve falha na segurança e que está claro o envolvimento de agentes na fuga. Foi instaurado um procedimento administrativo para apurar as denúncias feitas por Gleison e nesta segunda-feira (9) estão sendo ouvidos outros detentos, funcionários e agentes do presídio. "Quem estiver envolvido vai ser punido", afirmou Andrade.
Gleison, preso há sete meses por tráfico de drogas, denunciou que somente tomou conhecimento do túnel e da fuga na quarta-feira (4), quando foi transferido para a cela, onde já estavam os outros 11 detentos que fugiram. Eles teriam contado que a vistoria havia sido suspensa há um mês somente naquela cela. Apenas a contagem dos presos à noite era feita. Esta vistoria seria de responsabilidade dos agentes denunciados.
Ainda segundo o detento, os agentes teriam recebido um valor alto para não vistoriarem a cela e facilitarem a fuga. Gleison não soube informar quanto foi pago e quem pagou. Para cavar o túnel, de 12 metros de extensão e 80 centímetros de largura, os presos usaram uma broca e as mãos e levaram cerca de 45 dias.
A terra retirada, o equivalente a três caminhões segundo a polícia, era colocada e compactada nos colchões e dentro do banheiro e escondida com lençóis. Para iluminar o túnel, os presos usaram fios de rádios e lâmpadas compradas juntamente com artigos de higiene pessoal.
O subsecretário Murilo Andrade achou impossível tudo ter sido feito em 45 dias. Ele acredita que a escavação tenha sido feita em 4 a 5 dias, já que a terra ainda estava úmida. Mas vai depender de perícia no local.
Um celular foi encontrado num matagal perto do presídio, que pertenceria a um dos presos. Nele uma mensagem orientava aos fugitivos a rota de fuga. "Vem sentido Neves, BH está lombrado (significa que a capital estava muito vigiada)", informava o texto. Outras inúmeras ligações foram feitas para o aparelho, mas a polícia não conseguiu rastrear as chamadas.
Gleison foi localizado em um matagal às margens da BR-040, próximo a penitenciária, e o outro detento, cujo nome não foi divulgado, na rodovia. Gleison contou que ficou escondido no matagal e quando chegou à estrada, pediu o celular emprestado a um caminhoneiro, alegando que havia sido assaltado.
Ele chamou alguns parentes, dizendoque havia sido liberado. Ao chegarem ao local, dois irmãos e um cunhado de Gleison foram detidos, juntamente com ele, por policiais militares que participavam da busca aos foragidos. Todos foram levados para a Cia. da Polícia Militar de Ribeirão das Neves, onde os parentes esclareceram que não sabiam que ele havia fugido.
Militares do 40° Batalhão e da Rotam continuam as buscas pela região aos dez fugitivos restantes.
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