segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Programa de prevenção à criminalidade encaminha quase 500 egressos para o mercado de trabalho


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programa_egresso.jpgMais de 460 egressos do sistema prisional mineiro foram encaminhados, neste ano de 2013, a vagas de trabalho. Entre eles, pelo menos 134 foram, de fato, contratados. Os encaminhamentos foram feitos pelo Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp), desenvolvido pela Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
Na parceria celebrada entre o Governo de Minas e o Minas Pela Paz, desde 2009, já foram viabilizadas 478 contratações de egressos acompanhados pelo PrEsp por meio do programa Regresso.
Somente neste ano, cerca de 2.500 egressos procuraram o programa, que desenvolve uma série de ações para minimizar os estigmas decorrentes do processo de privação de liberdade e facilitar o reingresso das pessoas que passaram por essa experiência à sociedade.
Além dos encaminhamentos para o mercado de trabalho, o programa ofereceu 60 vagas em cursos profissionalizantes nos municípios de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, Montes Claros, no Norte de Minas, e Uberaba, no Triângulo Mineiro. Além disso, o programa mantem 10 vagas para contratação de jovens egressos para trabalharem como aprendizes nos Centros de Prevenção à Criminalidade do Estado.
A coordenadora do PrEsp, Daniela Tiffany de Carvalho, ressalta que neste ano foram realizados dois grandes seminários para discutir a empregabilidade de egressos e o atendimento aos pré-egressos do sistema prisional. “O trabalho com pré-egressos, que se chama Preparação para a Liberdade, aconteceu de forma diferenciada em cada unidade. A ideia é apresentar o PrEsp e tentar favorecer a vinculação ao Centro de Prevenção à Criminalidade, e houve desde o desenvolvimento de competências básicas para o trabalho, até a retomada de vínculos familiares, de direitos e apresentações artísticas”, explicou.
Em 2013 também foi lançado o primeiro livro do PrEsp, com o título “O egresso do sistema prisional: do estigma à inclusão social”, que sistematiza os 10 anos de trabalho do programa.
Perspectivas
De acordo com Daniela Tiffany, o principal objetivo do programa é favorecer o acesso dos egressos aos direitos sociais. Para o próximo ano, há a ideia de desenvolver, junto com a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres (Cepam), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), o Serviço de Atendimento à Mulher Egressa.
“O programa avançou muito na qualificação metodológica. Hoje temos um reconhecimento em esfera nacional, do próprio Departamento Penitenciário Nacional (Depen)”, avalia a coordenadora do programa.
O programa
O Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional está presente em 11 Centros de Prevenção à Criminalidade nos municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Governador Valadares, Juiz de Fora, Ipatinga, Montes Claros, Uberaba e Uberlândia. Até novembro deste ano, o Programa realizou 18.988 atendimentos jurídicos, psicológicos e de assistência social, incluindo visitas domiciliares e concessão de cestas básicas. O Programa se empenha para favorecer o acesso dos egressos aos serviços públicos e demais políticas sociais, com ênfase nas ações pertinentes à promoção da empregabilidade.

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