Direção do presídio informou que cerca de 30 presos passaram mal.Água e alimentos serão analisados na manhã desta quinta-feira (6).

Presos foram atendidos no PAM em Oliveira
(Foto: Anna Lúcia Silva/ G1)
Cerca de 30 detentos do presídio Doutor Nelson Pires em Oliveira foram atendidos no Pronto Atendimento Municipal (PAM) na noite desta quarta-feira (5) por suspeita de intoxicação alimentar. De acordo com a direção do presídio, os detentos reclamaram de dores abdominais. Também há suspeita sobre a água ingerida por eles.(Foto: Anna Lúcia Silva/ G1)
A Assessoria de Comunicação (Ascom) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou ao G1 que solicitará ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) uma análise na água e, informou também que será feita uma análise nos alimentos ingeridos pelos presos ainda na manhã desta quinta-feira (6).
O diretor geral do presídio, Luiz Felipe Pinheiro dos Santos, não soube apontar o que exatamente pode ter causado a intoxicação. “Eles comeram arroz doce como sobremesa e mais tarde foi servido também suco com pão. Esses alimentos serão analisados, bem como será feita uma análise na água também”, afirmou.

Presos foram atendidos na noite de quarta-feira (5)
(Foto: Anna Lúcia Silva/ G1)
Parentes dos detentos estiveram na porta do Pronto Atendimento Municipal esperando por notícias sobre o ocorrido. “O Corpo de Bombeiros e alguns carros do presídio mesmo encaminharam os presos até o hospital. Eu vi eles sendo carregados. Tenho um irmão lá dentro e isso me preocupa muito”, disse Cláudia Ribeiro.(Foto: Anna Lúcia Silva/ G1)
A dona de casa Cleide Carneiro tem um filho que está preso no local e ela teme pela saúde dele. "Não tive notícias do meu filho, não sei como ele está. Estive na porta do Pronto Atendimento Municipal e de lá vi que eles chegaram sem condições de andar, vomitando muito e gritando de dor”, afirmou.
Após atendimento os detentos voltam para o presídio. Durante a madrugada desta quinta-feira (6), por volta de 1h, o diretor do local levou até as celas garrafas de água mineral para evitar que os presos ingerissem a água até que a análise aponte as causas da intoxicação. “Ainda não sabemos do que se trata, então vamos evitar até que tenhamos uma posição para solucionar esse problema”, contou Luiz Felipe.

A direção do presídio informou ainda que está disponível para repassar informações aos familiares na portaria do local que fica na BR-369, Km 1, no Bairro Martins.

Presídio foi inaugurado em maio de 2013
(Foto: Seds/Divulgação)
Presídio Doutor Nelson Pires(Foto: Seds/Divulgação)
Inaugurado em maio de 2013, hoje o presídio abriga 290 detentos, além da capacidade permitida que é de 214.
Para a obra foram investidos R$ 2,3 milhões em recursos estaduais. No total, são 1.353,45m² de área construída em terreno doado pela Prefeitura. O presídio conta com dois alojamentos femininos e 11 masculinos, e um albergue destinado aos presos do sexo masculino do regime semiaberto e aberto.
A unidade também conta com sala para visitantes, galpão para trabalho de presos, duas celas para visita íntima, biblioteca, parlatório, espaço para revista masculina e feminina, consultórios médico, psicológico e dentário, e área administrativa.
Presos queimam roupas e colchões durante motim em Formiga

Interior de cela na penitenciária de Formiga Reprodução / Youtube / Governo de Mina
Os presos, com idades entre 30 e 36 anos, atearam fogo em colchões e roupas de cama no corredor que dá acesso à sala dos agentes penitenciários. As reivindicações dos presos não foram esclarecidas.
O incêndio foi controlado com mangueiras de alta pressão, mas a fumaça se espalhou por todo o setor, obrigando a transferência dos detentos. Apesar do risco de intoxicação, os nove amotinados se recusaram a sair e se concentraram no banheiro da cela.
Diante da recusa, os agentes os levaram a força, com o uso de algemas, para celas onde não havia risco. Os presos sofreram escoriações, mas não houve ferimentos significativos.
Três agentes penitenciários inalaram muita fumaça e foram atendidos em um posto de saúde. Eles foram liberados em seguida.
Segundo a PM, a parte elétrica da penitenciária foi danificada, assim como as paredes da cela queimada. Colchões, roupas de cama e roupas de uso pessoal foram destruídos.
A unidade prisional foi inaugurada em 2009, com capacidade para cerca de 400 presos.
De acordo com a Seds, os dois agentes foram atendidos e liberados em seguida do posto de saúde. A secretaria afirma que a "direção da Penitenciária instaurou um Procedimento Interno para apurar as circunstâncias do ocorrido e avaliar os danos ao patrimônio".
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