MONTES CLAROS – O cabo da Polícia Militar Laércio Soares Melo, conhecido como “Cabo Melo”, foi preso neste domingo (25) em Montes Claros, no Norte de Minas. Suspeito de cometer 21 assassinatos, o policial pode ser o maior homicida do Norte de Minas. Segundo a Polícia Civil, em pelo menos dois casos a autoria já teria sido confirmada. Melo, porém, nega todas as acusações.
O cabo teve a prisão temporária decretada por 30 dias, após o pedido do delegado Rodrigo Bossi de Pinho, da Delegacia Especializada de Homicídios de Belo Horizonte, que considera o suspeito um “psicopata”.
Uma das vítimas de Melo seria Francisco Santos Filho, o “Chiquinho Despachante”, desaparecido em 31 de dezembro de 2009. Na semana passada, uma equipe da Polícia Civil de BH intensificou as investigações contra o PM em Montes Claros, após uma testemunha afirmar ter visto suspeito e despachante juntos, antes de Chiquinho sumir. Outro informante teria revelado como foi a execução.
As mortes aconteceram em cidades onde o cabo trabalhou. Segundo as investigações, o militar conquistava a confiança da vítima, abria um negócio com ela e depois a matava. O comando da PM em Montes Claros informou que somente uma decisão judicial irá definir o destino de Melo na corporação. Para o advogado Júlio Antônio Canela, que defende o suspeito, não há provas nem materialidade dos crime.
Hoje em Dia
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Ex-presidiário acerta agente penitenciário com dois tiros
Adriano Marques diz que um estudo da Organização Internacional do Trabalho apontou a profissão de agente penitenciário com a segunda mais perigosa do mundo.
Da Redação da Agência ContilNet
Adriano Marques, presidente do AGEPEN/AC
O agente J. P. foi atingido com dois tiros no braço/Foto: Wania Pinheiro
Um agente penitenciário foi atingido por dois tiros no final da tarde deste domingo (24) quando chegava na casa da sua mãe, no bairro Morada do Sol. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre, Adriano Marques, disse que o autor dos disparos é um ex- presidiário.
J. P., que por enquanto não quer revelar a identidade, está internado no Hospital de Urgência e Emergências, onde passou por uma cirurgia. O agente não foi morto porque travou uma luta corporal com a pessoa que tentou tirar a sua vida.
“Foram três disparos e dois deles acertou o braço do nosso agente, que não morreu porque tentou imobilizar o autor dos disparos”, conta Adriano, que critica a administração do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre – IAPEN por não disponibilizar a cautela de armas institucionais para os agentes.
Felizmente, o nosso colega não corre risco de morte, mas vamos continuar lutando pelo porte de arma, que é uma prerrogativa legal é necessidade. Temos o porte de arma, o que falta é o IAPEN é o fornecer as armas. Nem todos os agepens possuem condições de compra uma particular. Ano passado a direção do Instituto informou que estava conseguindo duas mil armas, mas até hoje não chegaram”, reclama.
Profissão perigosa
Adriano Marques diz que um estudo da Organização Internacional do Trabalho apontou a profissão de agente penitenciário com a segunda mais perigosa do mundo.
A pesquisa realizada pela Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários constatou que mais de dois mil agentes penitenciários foram assassinados em todo o país só na última década de forma covarde e vingativa, somente por serem servidores do sistema carcerário.
Conforme as informações da Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional ao sindicalista acreano, não existem projetos do Instituto de Administração Penitenciário do Estado do Acre - IAPEN/AC para aquisição de equipamentos de proteção e segurança dos AGEPEN/AC. Para Marques, isso demonstra descaso, pois, segundo ele, é de conhecimento público e notório a falta destes equipamentos em todo o Estado.
“Não é a primeira vez que isso acontece. Perdemos o Roney há quase dois anos, os colegas Ademilton e Elissandro, e agora o “J.P” sofre uma tentativa de homicídio,” diz.
Nesta segunda-feira (25), Adriano Marques vai pedir uma reunião com o governador Tião Viana para tratar das “mazelas” do sistema carcerário, e na terça, irá à Assembléia Legislativa.
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