sábado, 9 de agosto de 2014

Ceresp Contagem só abriga presos que são ex-servidores da Justiça



SISTEMA PRISIONAL


Os presos comuns foram transferidos da unidade para outros Cereps e o local foi centralizado para abrigar apenas "presos especiais" que, até então, dividiam a penitenciária de São Joaquim de Bicas com outros detentos

PUBLICADO EM 07/08/14 - 17h32
O Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Contagem, agora, abriga apenas presos que são ex-servidores da Justiça, como policiais, agentes penitenciários e socioeducativos, bombeiros e oficiais de Justiça. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (7) pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

Segundo o órgão, a transferência dos “presos especiais” da Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, para o Ceresp Contagem, começou em junho.
A penitenciária de São Joaquim de Bicas abrigava, além dos ex-servidores, presos comuns. No Ceresp Contagem, eles passam a ser os únicos detentos e os presos comuns que ali ficavam foram transferidos para o Ceresp Gameleira e para outras unidades do sistema prisional.
A justificativa dada pelo órgão para a mudança é que a transferência é uma “questão de gestão prisional”. A capacidade do Ceresp Contagem é para 95 presos e, com a transferência, o número de detentos atualmente é de 96. Já o Ceresp Gameleira tem a capacidade para 404 presos e conta com 760 detentos atualmente. Já para os presos civis (que estão detidos porque não pagaram pensão alimentícia) a capacidade na unidade é de 77 detentos e abriga 60.
O Ceresp Betim, é a unidade de autarquia da Subsecretaria de Administração Prisional que tem ultrapassado a maior capacidade de detentos. Com capacidade para 404 presos, atualmente, a unidade abriga 1.100 detentos.
A Seds também informou que, em Minas, são 144 as unidades prisionais que ficam sob jurisdição da Suapi, e que o Ceresp é apenas "uma porta de entrada do preso no sistema prisional, que tem como característica a rotatividade de detentos". No entanto, dependendo do andamento do processo ou da demora no julgamento, os presos podem passar anos ali.

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