quarta-feira, 20 de abril de 2011

Movimento da Polícia Civil levanta questão sobre a demora no atendimento





 


Viaturas da Polícia Militar com presos aguardam por atendimento na Polícia Civil
Viaturas da Polícia Militar com presos aguardam por atendimento na Polícia Civil
O movimento da Estrita Legalidade, aprovado recentemente em assembleia, que reuniu delegados da Polícia Civil de todo o estado, levanta a questão sobre a demora no atendimento e os prejuízos que a população pode ter com o acúmulo de viaturas da Polícia Militar na Delegacia Regional.
De acordo com policiais militares, o movimento é importante para que os profissionais trabalhem dentro da lei, mas há fatores que podem ser prejudiciais à população como a espera no atendimento. Agora a PM precisa pegar uma senha junto aos envolvidos na ocorrência para poder ser atendida pela equipe de plantão na Delegacia de Polícia Civil.
A equipe de reportagem do JORNAL DE UBERABA esteve na delegacia na tarde de ontem e constatou a presença de várias viaturas da Polícia Militar estacionadas na entrada, enquanto os policiais militares esperavam a sua vez de apresentar a sua ocorrência.
O empresário João Lúcio teve seu veículo riscado por um andarilho próximo à Praça Doutor Jorge Frange. Ele chegou à Delegacia de Polícia Civil às 9h de ontem acompanhado da PM e do infrator que danificou seu veículo, e até as 16h não havia sido atendido. "Estou esperando desde as 9h e até agora nada. Parece que o delegado saiu pra almoçar e ainda não retornou", contou a vítima.
Segundo a policial civil Marcela Francisco Rezende, trabalhar dentro do que pede o movimento da Estrita Legalidade melhorou em termos de organização. "Agora tudo acontece passo a passo, reestruturando o setor e possibilitando à população um serviço de maior qualidade. O procedimento é simples, a PM chega acompanhada dos envolvidos no Reds e pega uma senha. Então ela aguarda a sua vez para apresentar o caso ao delegado de plantão ou ao escrivão, de acordo com a necessidade".
Conforme o delegado de Polícia Civil, Luis Antonio Blanco, esse movimento tem como objetivo fazer com que os policiais trabalhem dentro da legalidade, colocando em prática o passo a passo. "As ocorrências são atendidas uma de cada vez, reestruturando consequentemente todo o setor. Apresentamos esse movimento perante o Ministério, OAB, Poder Judiciário, enfim, tudo para tentar melhorar a qualidade do serviço para as pessoas".
Blanco explica que o delegado cumprindo a lei deve receber um flagrante e só depois que finalizar o mesmo passa para o próximo. "A questão da demora acontece, porque infelizmente temos um efetivo aquém do que precisamos", ressalta.
O delegado Edson Moraes, representante do sindicato dos delegados de Polícia Civil em Uberaba, esclarece que esse movimento também visa conscientizar a população quanto ao cargo de delegado. Ele coloca que é importante que as pessoas saibam o que um delegado necessita para aperfeiçoar o serviço atendendo melhor a comunidade.

Promotoria - De acordo com o sétimo promotor de Justiça, João Vicente Davina, a promotoria ainda não recebeu uma informação oficial sobre as consequências do movimento de Estrita Legalidade. "Por enquanto estamos cientes apenas do movimento, da busca de melhorias em condições de trabalho que ele objetiva, mas com relação ao que ele pode resultar ainda não temos nada oficial. Quando formos comunicados concretamente sobre os resultados deste movimento, tomaremos as devidas providências", finaliza o promotor.
- Wellington - Colaborador

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