quarta-feira, 20 de abril de 2011

Justiça manda soltar 40 presos na operação Guilhotina


Investigações.Entre os detentos que responderão em liberdade, está o delegado Carlos Antônio Luiz de Oliveira
 
Publicado no Jornal OTEMPO em 20/04/2011

FOTO: FABIO MOTTA/AE - 11.2.2011
Policiais durante a operação Guilhotina, ocorrida em fevereiro
FABIO MOTTA/AE - 11.2.2011
Policiais durante a operação Guilhotina, ocorrida em fevereiro
RIO DE JANEIRO. A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu ontem habeas corpus para pelo menos 40 pessoas - a maioria policiais - presas durante a operação Guilhotina, desencadeada pela Polícia Federal em fevereiro.

Entre os presos que responderão às acusações em liberdade, está o delegado da Polícia Civil Carlos Antônio Luiz de Oliveira. Ele foi detido no dia 11 de fevereiro, também durante a operação, suspeito de desviar armas apreendidas do narcotráfico. Ele nega as acusações.

De acordo com a assessoria do tribunal, o pedido de habeas corpus foi aprovado por unanimidade pela 7ª câmara. Agora a comunicação será encaminhada para 32ª Vara Criminal - que expediu as prisões.

Os suspeitos foram denunciados por formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva, extorsão, violação de sigilo funcional e comércio ilegal de arma. De acordo com as investigações, um grupo fazia parte de milícia; dois eram ligados a traficantes e praticavam o "espólio de guerra" (desviavam armas, munição, drogas e objetos apreendidos em operações) e, alguns, atuavam na segurança de contraventores.

Turnowski. A operação também resultou no indiciamento do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Allan Turnowski, que deixou o cargo em fevereiro suspeito de passar informações sobre a Guilhotina a um inspetor investigado. Ele nega.

O telefone do inspetor estava grampeado e, com base nas escutas, a Polícia Federal indiciou Turnowski sob suspeita de vazamento de informação.

A delegada da Polícia Civil Márcia Becker, ex-titular da 22ª Delegacia da Penha, zona norte do Rio, também foi indiciada. No dia da operação, Becker conversou ao telefone com um inspetor da 22ª DP, que estava com celular grampeado e era um dos investigados com mandado de prisão.

No telefone, o inspetor pede, segundo da PF, para Becker dizer aos agentes federais que ele estava de férias. A delegada teria concordado. A reportagem não localizou a delegada.

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